Há algumas semanas escrevi neste mesmo espaço que o Campeonato Brasileiro de 2025 estava carimbado eternamente como o campeonato da arbitragem (pelo péssimo nível). Foi depois que Ramon Abate Abel fez o que fez no jogo São Paulo 2 x 3 Palmeiras.
Pois se havia alguma dúvida da forma que a edição de 2025 será lembrada, ela evaporou neste fim de semana no Maracanã, quando o Flamengo venceu o Palmeiras por 3 a 2 com discussões infinitas sobre a arbitragem de Wilton Pereira Sampaio, que não deu um pênalti de Jorginho em Gustavo Gomez no comecinho da partida e errou em outros lances importantes ao longo do jogo.
Esta segunda-feira é o dia em que palmeirenses se revoltam com o que aconteceu no Maracanã, ainda mais porque em campo o time jogou bem e poderia sair do Rio de Janeiro com pelo menos um empate. O time de Abel Ferreira empurrou o Flamengo dentro de casa para o seu campo, algo impossível de se imaginar até então. Aí, uma mistura de talento de Pedro com falhas individuais do Alviverde deram ao Rubro-Negro a possibilidade de vencer a partida e deixar o campeonato mais vivo do que nunca na disputa entre os dois.
Leila Pereira não esteve no Maracanã, portanto não foi perguntada sobre o que achou da arbitragem. Jogadores do Palmeiras reclamaram da atuação de Wilton Pereira Sampaio e Abel Ferreira surpreendentemente foi mais prudente. Reclamou como costuma fazer e desta vez com boa dose de razão, mas em um tom menos bélico do que normalmente utiliza. Resta saber se o comportamento é uma trégua ou apenas um desconforto de falar mais firmemente sobre o tema depois do que aconteceu semanas atrás no Morumbi.
Fato é que o Brasileiro 2025 tem seu rótulo: o campeonato da arbitragem. Costuma-se espalhar a culpa sobre o motivo disso e sobra até para a atuação da imprensa, muitas vezes atenuando a análise sobre os maiores responsáveis: a arbitragem brasileira e seus atores.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.






