Tatiana Weston-Webb ficou muito perto de colocar o surfe brasileiro no lugar mais alto do pódio dos Jogos Olímpicos de Paris. Em uma final equilibrada contra Caroline Marks, a gaúcha foi superada no mar de Teahupoo, no Taiti, e ficou com a medalha de prata.
Atual campeã mundial, Marks somou 10.50 contra 10.33 da brasileira em uma bateria com final dramático decidida apenas após o estouro do cronômetro.
As ondas demoraram a chegar na bateria decisiva. A primeira pontuação só ocorreu depois de 10 minutos com duas notas baixas após tentativas frustradas de ambas as surfistas. Marks conseguiu 0.50 e a brasileira obteve apenas 0.33.
A norte-americana aproveitou a prioridade para escolher o momento certo e encontrou um tubo que rendeu a nota 7.50. O mar voltou a ficar calmo e Tati corria contra o tempo na busca pela pontuação. Ela apostou em uma onda de manobras e conseguiu um 5.83. Caroline conseguiu trocar sua nota mais baixa por um 3.00 e voltou a abrir vantagem na liderança.
A prioridade era novamente da norte-americana nos minutos finais, mas a onda surfada por Marks não foi boa e Tatiana teve mais uma chance. Ela conseguiu surfar uma onda com belas rasgadas e precisava de um 4.68 para faturar o ouro. Tati ficou na expectativa pela nota com o cronômetro zerado, mas o 4.50 não foi suficiente.
A medalha de prata de Tati foi a terceira do surfe brasileiro na história dos Jogos Olímpicos. Italo Ferreira foi ouro na estreia da modalidade em Tóquio-2020 e Gabriel Medina ficou com o bronze em Paris-2024.