O chefe da Mercedes, Toto Wolff, surpreendeu ao admitir que a participação de George Russell no Grande Prêmio do Azerbaijão da Fórmula 1 esteve por um fio. Segundo ele, o britânico chegou a cogitar abandonar o carro na sexta-feira por conta de uma gripe forte, situação que abriu espaço para uma possível volta de Valtteri Bottas ao cockpit da equipe.
Russell perdeu os compromissos de imprensa na quinta-feira em Baku e, nos treinos livres, chamou a atenção pela voz rouca e pelo aparente desgaste físico. Apesar disso, conseguiu superar as dificuldades, chegar ao Q3 e conquistar um segundo lugar na corrida, resultado que Wolff classificou como notável.
“Foi o próprio George quem disse: ‘Não tenho certeza se consigo’. Então, ele se recuperou um pouco pela manhã e decidiu ficar no carro, e assim continuou firme e forte todos os dias”, contou o dirigente. “Muito impressionante, considerando que na manhã de sexta-feira era incerto se Valtteri estaria no carro”.
Bottas, hoje reserva da Mercedes e já confirmado como futuro piloto da Cadillac, esteve de prontidão para assumir o lugar do britânico. A troca, no entanto, não foi necessária, já que Russell conseguiu suportar as 51 voltas pelas ruas de Baku sem cometer erros. “Fazer uma corrida de uma hora e meia aqui em Baku, sem errar um único passo com os dois pneus, foi um P2 super merecido”, elogiou Toto.
Além de enaltecer Russell, Wolff destacou a evolução do novato Kimi Antonelli, que largou e terminou em quarto lugar. O dirigente disse ter visto uma reação positiva do italiano após a decepção em Monza.
“Aqui, talvez tenha faltado um pouco de desempenho final que talvez tenha feito a diferença entre um pódio ou não, mas foi uma consolidação muito boa na minha opinião; era importante conseguir esse resultado”, analisou.
Com o pódio de Russell e o bom desempenho de Antonelli, a Mercedes deixou o Azerbaijão na vice-liderança do Mundial de Construtores com 290 pontos, apenas quatro à frente da Ferrari e 18 da Red Bull.






