A paulista Alana Maldonado, 29, se tornou bicampeã paralímpica no judô ao vencer nesta sexta-feira, 6, a chinesa Yue Wang, na final da categoria até 70kg da classe J2 (atletas que conseguem definir imagens) nos Jogos Paralímpicos de Paris. Alana foi a primeira mulher brasileira a ganhar a medalha dourada no judô no megaevento, em Tóquio 2020.
Bem colocada no ranking mundial, ela entrou direto na semifinal na chave em Paris e venceu a japonesa Kasuza Osawa, por ippon, se garantindo na final na arena do Campo de Marte.
Alana descobriu a doença de Stargardt aos 14 anos. Já praticava judô desde os quatro, mas, somente em 2014, quando entrou para a faculdade, começo no judô paralímpico.
Ela também foi campeão mundial em Baku 2022 e em Portugal, em 2018. Tem também dois ouros nas Copas do Mundo do Uzbequistão de 2017 e 2019.
O maior medalhista brasileiro no judô paralímpico é o paulista Antônio Tenório, que ganhou quatro ouros (Atlanta 1996, Sydney 2000, Atenas 2004 e Pequim 2008), uma prata (Rio 2016) e um bronze (Londres 2012). Ele é o único judoca a ganhar quatro ouros consecutivos em Jogos Paralímpicos.
Brasil também foi prata
Mais cedo, Brenda Freitas também entrou no tatame para disputar o ouro na categoria até 70kg J1 contra a chinesa Liu Li e acabou derrotada no Golden Score.
A luta, no entanto, foi bastante polêmica. Brenda chegou a comemorar o ouro quando deram uma ippon pra ela, mas o golpe foi revisado e retirado. A chinesa, na sequência, também teve um waza-ari revisado e retirado, mas se recuperou para vencer no golden score.
*Com Comitê Paralímpico Brasileiro