A Aston Martin deu um passo ousado em busca do protagonismo na Fórmula 1 ao acertar no mês passado um contrato com Adrian Newey. O renomado projetista está de saída da Red Bull após 20 anos e se juntará ao time liderado por Lawrence Stroll a partir de 2025.
A escuderia de Silverstone venceu uma concorrência pesada para recrutar o “mago da F1″ e contou com o apoio de Fernando Alonso nas negociações. Apesar do entusiasmo inicial pela contratação, o bicampeão de 43 anos já está na reta final da carreira e admitiu que pode não ter tempo para se beneficiar do trabalho de Newey.
“Não podemos prever o futuro, mas, como eu disse antes, acho que temos coisas muito boas chegando nos próximos meses na equipe, especialmente o túnel de vento. Eu diria que isso é uma virada de jogo para nós”, disse o bicampeão mundial.
“Passo a passo, temos tudo para conseguir a primeira vitória na F1 e, com sorte, lutar por campeonatos no futuro. Estou ciente de que isso leva tempo e, de certa forma, não tenho esse tempo. Mas estou relaxado e estou curtindo a jornada”, acrescentou.
O contrato de Newey começa a valer em 1º de março de 2025 com foco no desenvolvimento do carro de 2026, quando a categoria vai estrear um novo regulamento. Questionado se a influência de Newey já poderá ser vista em 2025, Alonso foi pessimista.
“Eu não acho. Eu gostaria de dizer que sim, mas honestamente, eu não acho. Março de 2025, eu acho que o foco para a maioria das equipes serão os projetos de 2026 e a mudança de regulamentos”, analisou.
“Você começa em março, até conhecer todo mundo, e [quando] você assumir seu lugar nas fábricas é abril ou maio. E eu não acho que realmente valha a pena gastar muito na campanha de 25, a menos que você esteja lutando pelo campeonato… Espero que tenhamos uma boa surpresa, mas duvido. Então, acho que o projeto de 26 deve ser o primeiro carro em que ele [Newey] terá influência [na Aston Martin]”, finalizou o espanhol.