A grande fase como número 1 do mundo deu lugar a uma enorme preocupação para Jannik Sinner. O italiano será julgado em breve pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) após a Agência Mundial Antidoping (Wada) entrar com recurso contra decisão que tinha inocentado o jogador por testar positivo para a substância clostebol.
Após vencer Bu Yunchaokete e garantir vaga na final do ATP 500 de Pequim, Sinner falou sobre a situação fora das quadras e não escondeu sua preocupação com o futuro.
“Não é uma situação em que eu goste de estar. É algo muito delicado e difícil. Mas sempre tento lembrar que não fiz nada de errado. Tive noites sem dormir nos últimos tempos. Tento, de alguma forma, seguir focado no trabalho e fazer o melhor que posso a cada partida”, afirmou.
Aos 23 anos, Sinner vive a melhor temporada da carreira. Ele conquistou os títulos do Australian Open e do US Open e se tornou o primeiro italiano a assumir a liderança do ranking da ATP.
O exame antidoping que detectou a presença da sustância clostebol, um agente anabólico proibido pela Wada, foi realizado em março durante o torneio de Indian Wells. Sinner foi absolvido pela Agência Internacional de Integridade do Tênis (Itia) e um tribunal independente após alegar que seu fisioterapeuta Giacomo Naldi tinha usado um spray com clostebol para tratar um ferimento na própria pele e, ao fazer massagem nele, acabou contaminado.
O italiano demitiu Naldi e o preparador físico Umberto Ferrara, mas medidas não impediram que Wada entrasse com recurso pedindo uma suspensão que pode ir até dois anos.