Fernando Alonso está perto de alcançar mais um feito marcante em sua longa trajetória na Fórmula 1. No próximo fim de semana, no México, o bicampeão mundial disputará seu 400º Grande Prêmio na maior categoria do automobilismo mundial.
A estatística impressionante, no entanto, não enche os olhos do espanhol. O recordista revelou que preferia ter mais títulos ou mais vitórias em vez de 400 corridas na F1.
“Está tudo bem, estou consciente do número. Mas são estatísticas que não me interessam. Gostaria de ter corrido metade destas provas e ter um título a mais, ou mais vitórias. Essas são as estatísticas importantes. Demonstra meu amor pelo esporte e a disciplina por render em um alto nível por mais de 30 anos. Não estou pensando nas próximas 400, por que isso não vai acontecer. Mas ao menos 40 ou 50 nos próximos anos”, afirmou.
Aos 43 anos, o veterano falou também sobre as dores que enfrenta no corpo devido ao alto número de provas disputadas e comemorou o avanço tecnológico que possibilita um menor desgaste físico.
“Não é bom para suas costas, para seu pescoço, mas acho que a tecnologia da Fórmula 1 também mudou em relação ao passado. Acho que as corridas agora são um pouco mais amigáveis para o piloto”, disse ele. “É verdade que as corridas com os carros de efeito solo eram um pouco mais difíceis, mas, com exceção dos últimos dois anos, acho que a tecnologia também mudou”.
“O assento, o conforto, a segurança, o equipamento, tudo evoluiu para ser um lugar melhor para os pilotos, e isso é bom”, afirmou Alonso. “E acho que o ritmo do carro aos sábados é muito lento em comparação com o passado. Quando colocamos o combustível, temos que gerenciar os pneus, a potência e assim por diante. Acho que o único momento fisicamente estressante é aos sábados, que é muito curto”.
“Não é um problema para os jovens em termos de manter as condições físicas, é mais mental, viagens, eventos, pressão, que talvez seja o que mais nos atinge no momento”, finalizou o bicampeão.