Nunca o futebol brasileiro viveu um momento de tanta gastança com contratações. A janela de meio de ano, normalmente apenas para ajustes pontuais de elenco, que o diga. Os clubes ao todo no ano gastaram mais de R$ 1 bilhão.
Chegaram nomes de todos os tipos. Desde uma incógnita irlandesa chamada Jamal Lewis, que vai para o São Paulo, até jogadores de Seleção Brasileira como Alex Sandro e Alex Telles, que vão para Flamengo e Botafogo, respectivamente. Tem jogador dinamarquês e suíço na lista.
O Corinthians, na sua política maluca (e irresponsável) tenta agora trazer Memphis Depay, jogador da seleção holandesa.
Ninguém sabe onde isso vai parar. Há clubes adiantando verba de formação de liga e torrando a grana, outros contratando para provavelmente não pagar, e clube que olhava o orçamento planejado como sagrado e que agora rasgou tudo para contratar.
Quem olhar de fora vai ver um mercado pulsante, feroz e cheio de apetite. Quem olhar de dentro vai conseguir vez mazelas de várzea convivendo com esta riqueza toda.
De um lado, clubes importam jogadores caríssimos e estrelados, do outro seus cartolas, técnicos e jogadores reclamam rodada a rodada de uma arbitragem praticamente amadora, com atuações desastrosas que comprometem qualquer trabalho feito. Entre um almoço e outro para contratar um craque, cartolas passam na CBF para maldizer o árbitro do último jogo. Ou deixam que seus treinadores vociferem na beira do campo a cada lance mal marcado.
Enquanto cartolas fazem conta para ver qual craque será o próximo a desembarcar, jogadores que já atuam por aqui sofrem com gramados que são verdadeiros pântanos e com um calendário que são verdadeiras máquinas de moer corpos.
Afinal, qual é o futebol brasileiro? O do mercado ou o das arbitragens, calendário e gramados horrorosos?
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.