Lucas Pinheiro Braathen é o grande destaque da delegação do Brasil no Mundial de Esqui Alpino. Mas o País tem outros dois jovens atletas que estão na competição em busca, principalmente, da vaga olímpica para os Jogos de Milão-Cortina-2026. Os resultados deles somados podem criar mais uma ou duas vagas para o Brasil na Olimpíada de Inverno no ano que vem.
As histórias de Giovanni Ongaro e Christoph Brandtner reservam algumas semelhanças: ambos são filhos de mães brasileiras, conheceram o esporte nos países onde nasceram – Itália e Áustria, respectivamente – e passaram a defender o Brasil nesta temporada.
Giovanni, o mais velho, com 21 anos, é filho da brasileira Cleide da Silva Souza. Mesmo morando na Itália desde o nascimento, a ligação com o Brasil é profunda, com referência inclusive no esporte.
“O que mais gosto no Brasil é a comida, que adoro tanto que procuro muitas vezes também na Itália. Também aprecio o carisma das pessoas, inspirado em figuras históricas como Pelé. Além disso, acho as paisagens incríveis e as praias do Brasil são verdadeiramente fascinantes”, disse Ongaro.
Atualmente, Giovanni é o segundo melhor brasileiro no ranking de pontos FIS do esqui alpino. No último dia 7 de janeiro, ele ficou em sexto lugar no slalom em uma prova FIS em Val Palot.
“Estou ansioso para contribuir para o sucesso esportivo do nosso País e inspirar outros atletas”, completou.
Já Christoph, de 19 anos, tem a vantagem de praticamente competir em casa. O austríaco, filho de Leda Maria Brandão Brandter, tem no currículo cerca de 60 provas disputadas, todas no país-sede do Mundial de Esqui Alpino deste ano.
“Sou filho de mãe brasileira e pai austríaco. Sempre vivemos, minha família e eu, aqui na Áustria, porém sempre mantive contato muito próximo com meus avós, tios, primos e amigos brasileiros. Desde que comecei a esquiar, falava que eu vestiria o uniforme brasileiro no futuro. A vontade de fazer a bandeira do Brasil balançar em solo europeu está viva em meu coração”, falou Christoph.
Um bom desempenho dos dois na competição pode render uma melhor pontuação no ranking FIS e acelerar a busca por uma vaga olímpica para Milão-Cortina-2026. Os resultados deles somados aos de Lucas Pinheiro Braathen devem proporcionar mais uma, ou até duas, vaga no esqui alpino para o Brasil nos próximos Jogos de Inverno. Além deles, Valentino Caputi é o outro atleta do Brasil na corrida olímpica.
Vale destacar que a modalidade é a única em que o Brasil esteve representado em todos os Jogos de Inverno desde que estreou na competição, na Olimpíada de Albertville-1992.
*Com Comitê Olímpico do Brasil