A Copa do Mundo de Clubes nos Estados Unidos tem chamado atenção não apenas pelos resultados surpreendentes em campo, mas também pelas medidas rigorosas adotadas em casos de tempestades. Quatro partidas já interrompidas por alertas climáticos, entre elas a vitória do Palmeiras sobre o Al Ahly.
As paralisações são baseadoas em um protocolo federal que determina a suspensão imediata de eventos esportivos ao ar livre diante da ameaça de raios. A rigorosa política de segurança meteorológica tem origem em uma tragédia que ocorreu em 5 de agosto de 2012. Naquele dia, durante uma corrida da Nascar no Autódromo de Pocono, na Pensilvânia, um raio atingiu o estacionamento pouco depois da prova e matou o torcedor Brian Zimmerman, de 41 anos, além de deixar outras nove pessoas feridas. O caso gerou forte comoção e críticas à forma como a organização da Nascar lidou com as condições climáticas e os alertas de evacuação.
Até então, cada competição nos Estados Unidos adotava seus próprios critérios para lidar com o clima, mas a tragédia de Pocono mudou esse cenário. Poucos dias após a morte de Brian, o Comitê de Competições de Automóveis dos EUA (ACCUS) adotou uma padronização dos protocolos, que logo se expandiu para outras modalidades esportivas. A regra principal determina a paralisação de qualquer evento ao ar livre quando há previsão de tempestades elétricas com raio detectado num raio de 13 km. O reinício da partida só ocorre 30 minutos após o último registro de atividade elétrica.
Além disso, é obrigatória a comunicação clara com o público por mensagens, alto-falantes e redes sociais, além da orientação para que todos busquem abrigo em locais seguros. Essas medidas passaram a ser amplamente adotadas em estádios, autódromos e arenas em todo o país.