No próximo sábado, 5, a Seleção Brasileira feminina terá uma oportunidade de ouro ao reencontrar os Estados Unidos em um confronto que promete ser intenso e emocionante. O amistoso marcado para as 18h (de Brasília), no SoFi Stadium, em Los Angeles, trará um clima de revanche para o Brasil, medalha de prata na final dos Jogos Olímpicos de Paris após ser superado pelas estadunidenses por 1 a 0. O segundo jogo será no dia 8 de abril, no PayPal Park, em San José, às 23h30 (de Brasília). A meio-campista Angelina falou sobre a importância dos amistosos e a motivação do time para o reencontro com as rivais.
“Acredito que vai ser um grande jogo. Estamos muito felizes com a oportunidade de enfrentar as norte-americanas novamente, agora pós-Olimpíadas. Estamos animadas para jogar num estádio espetacular. Não há felicidade maior do que ter a chance de disputar novamente contra elas. É uma revanche, podemos dizer assim. O grupo está bem focado em fazer o que não conseguimos nas Olimpíadas”, afirmou.
Sob o comando de Arthur Elias, o Brasil tem experimentado um processo de renovação, sem abrir mão de algumas jogadoras experientes. O reflexo dessa mudança foi o desempenho nas Olimpíadas, que resultou na conquista da medalha de prata e na ascensão para a oitava posição no ranking da Fifa. Nos Estados Unidos, a renovação também é uma realidade. Após o fracasso na Copa do Mundo de 2023, quando a seleção estadunidense foi eliminada nas oitavas de final, a equipe passou por uma reestruturação significativa. A chegada da técnica Emma Hayes tem dado uma nova “cara” à equipe.
“É algo de geração. Isso também está acontecendo no Brasil, com muitas jogadoras novas assumindo responsabilidades. Nos Estados Unidos, grandes jogadoras se aposentaram nos últimos dois anos e novos talentos estão surgindo para assumir esse papel. Essa transição está acontecendo agora, mas a gente já fez esse movimento um pouco antes. Acho que uns dois anos atrás nós começamos essa reformulação com mais jogadoras novas em campo”, explicou.
Angelina conhece bem a liga americana. Desde 2023 no Orlando Pride, a atleta esteve anteriormente por três temporadas no OL Reign. Com experiência de disputar a NWSL, ela destacou a importância de enfrentar uma seleção com uma forte tradição no futebol mundial e ressaltou a valorização das jogadoras brasileiras nos Estados Unidos.
“A NWSL é uma das ligas mais fortes do mundo e o talento brasileiro sempre se destaca por lá. O interesse dos clubes em contratar brasileiras mostra que estamos sendo cada vez mais valorizadas, o que é um reflexo da qualidade do nosso estilo de jogo. A liga dos EUA tem uma característica muito física, com muita transição, o que, sem dúvida, acrescenta ao nosso próprio jogo. Para nós, é uma vantagem, pois esse estilo de jogo nos fortalece e ajuda a moldar nossa performance”, ressaltou a atacante.
O confronto no SoFi Stadium tem mais um motivo para ser especial. Para Angelina, é a chance de mostrar que o Brasil está em evolução e pronto para brigar de igual para igual com uma grande potência do futebol. “Vamos para cima delas, focadas em aproveitar as oportunidades e matar o jogo quando tivermos a chance”, finalizou.
*Com Confederação Brasileira de Futebol