Após convocar as 30 atletas que farão parte do período de treinamento em Teresópolis, na região serrana do Rio de Janeiro, entre os próximos dias 17 e 26, o técnico da Seleção Brasileira Feminina, Arthur Elias, destacou sua confiança no planejamento do trabalho até 2027, ano do Mundial no Brasil, e disse que a equipe estará preparada para buscar o título.
“O respeito à seleção feminina foi resgatado com a medalha olímpica [nos Jogos de Paris-2024]. Junto disso veio a valorização das nossas atletas. Após a Olimpíada, já tivemos nove atletas negociadas para grandes clubes do cenário internacional. Temos a Copa América, neste ano, e depois mais um bom tempo de trabalho até 2027, em condições de conseguir nosso objetivo”, disse Arthur, durante entrevista coletiva.
As atenções da Seleção Brasileira no momento estão voltadas para observações. O técnico aumentou sua lista para 30 nomes para dar oportunidade a quem tem se sobressaído nos clubes e às jogadoras que já passaram pela seleção, mas que atuaram poucos minutos.
A opção pelo período de treinamento em vez de amistosos na data-Fifa de fevereiro permite essa abertura de leque.
“Foi uma decisão técnica. Houve o entendimento de que o melhor neste momento é treinar essas atletas, trazendo um número maior que o normal. Isso também atende a uma necessidade do calendário do futebol no Brasil e nos EUA, já que as jogadoras que atuam nesses países estão em pré-temporada. É mais inteligente seguir nessa evolução com esse período na Granja Comary, que conta com uma excelente estrutura”, comentou o técnico.
“Vamos aprofundar ideias de jogo, melhorando nossa identidade e nossa união, abrindo a seleção para novas jogadoras, dando também oportunidade por merecimento às que vêm se saindo bem. Que elas sintam o acolhimento e mesmo o pertencimento de servir à seleção”, prosseguiu.
Uma novidade nesses dias em que a equipe estará em Teresópolis é a integração da comissão técnica da seleção com profissionais de todos os clubes da Série A1 do Brasileirão Feminino.
Cada equipe da elite do futebol feminino foi convidada a enviar dois integrantes de suas respectivas comissões técnicas para acompanhar os quatro últimos dias de treinamentos da seleção. Eles poderão participar das reuniões e ficar à beira do campo durante os treinos.
“Vai ser muito importante essa troca de ideias. É sempre bom ouvir os clubes, outros colegas, o que eles pensam. Isso agrega e ajuda o trabalho de desenvolvimento do futebol feminino brasileiro como um todo”, disse Arthur.
O técnico ainda endossou que o ciclo atual da seleção preza pela valorização e mais respeito às mulheres, com o combate à misoginia e a todo tipo de violência.
“Espero que com a Copa do Mundo possamos deixar um legado esportivo e também fora de campo, com atenção a essas demandas que são muito importantes para a sociedade”, finalizou ele.
*Com Confederação Brasileira de Futebol