Classificado para a semifinal da Libertadores, o Botafogo vai construindo tijolo a tijolo a casca que faltou ao time do ano passado. A vitória de quarta-feira nos pênatis contra o São Paulo foi a segunda na fase de mata-mata da Libertadores em que por pouco o time não sucumbe. Times que se tornam realmente fortes vão se formando nesses momentos.
Ainda vale lembrar que o time da Estrela Solitária saiu de uma pré-Libertadores e quando entrou na fase de grupos teve de fazer uma corrida de recuperação porque largou mal. Avançou. E derrubou na sequência dois dos maiores vencedores brasileiros da competição. Não é pouca coisa.
A injeção de dinheiro na formação do elenco, que gastou nada menos do que 60 milhões de euros (!!!) apenas na janela do meio do ano, é assunto que vale discussão. Mas para outra hora. Nesta quinta, o olhar tem de ser para o que este fortíssimo grupo vem fazendo na temporada: semifinalista da Libertadores e líder do Brasileiro. Depois do desastre de 2023, isso é muita coisa.
Do lado eliminado, algumas considerações: a disputa contra times que hoje investem muito mais dinheiro nos seus elencos tende a ser inglória. Tentando se reestruturar financeiramente, o clube fez contratações pontuais enquanto tenta pagar as contas. O processo será longo e a torcida precisará de calma.
Em contrapartida, se há uma marca neste time do São Paulo é a luta. O time jamais se entrega e caiu diante do Botafogo na disputa de pênaltis. No confronto entre investimentos, é como se fosse um clube europeu contra um clube brasileiro.
A derrota também indica o canto do cisne de alguns ótimos e importantes jogadores do São Paulo: Lucas, Rafinha, Luiz Gustavo, Calleri. Não se trata de demissão, mas o clube tem de começar a pensar em uma reformulação gradativa, trazendo jogadores mais jovens e físicos, como é a tendência do futebol.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.