Dia histórico para a Ginástica Rítmica do Brasil. Neste sábado, 21, o país conquistou a primeira medalha em toda a sua história de participações em Mundiais da modalidade. Trata-se da prata, obtida no conjunto geral na 3ª edição do Mundial Juvenil, em Sófia, na Bulgária. Na soma das séries mista e simples, o conjunto comandado pela treinadora Juliana Coradine obteve 48.900 pontos, tendo sido superado apenas pelas búlgaras, donas da casa (49.900). O bronze coube à Ucrânia (48.400).
Além da medalha, o Brasil ainda foi reconhecido com um prêmio especial concedido pelo Comitê Técnico da FIG: a Seleção Brasileira Juvenil foi eleita o conjunto mais sincronizado da competição, reforçando o impacto técnico e artístico de sua apresentação.
Como se sabe, o conjunto geral (ou All Around) consiste na soma de duas séries. Nos cinco arcos, a nota do Brasil foi 25.100; nos cinco pares de maças, 23.800.
Os nomes de ginastas que entram para a história definitivamente são os de Andriely Leticia Cichovicz, Julia Anny Colere da Cruz, Amanda Manente, Alice Neves de Medeiros e Clara Beatriz Pereira Vaz. Com exceção de Amanda, que tem 13 anos, todas as outras componentes do conjunto juvenil brasileiro nasceram em 2010.
Ainda emocionada, na zona mista, Juliana Coradine falou sobre a conquista. “A gente não esperava um resultado tão grandioso. O que sempre tivemos em mente era fazermos coreografias bem-feitas e sairmos felizes da quadra. Só quis passar isso para as meninas. De repente, elas fizeram duas séries lindas. Meu Deus, a gente conseguiu! Sermos vice-campeãs do mundo é uma coisa incrível para nós. Este momento é de felicidade e de muita gratidão. Existe todo o investimento da Confederação Brasileira de Ginástica, das Loterias Caixa, do COB e também do Ministério do Esporte. Esse apoio para a base é fundamental. Estamos falando da geração futura, daquela que estará treinando já olhando para a próxima edição dos Jogos Olímpicos. Quero agradecer a todos e a todas que fizeram parte deste processo!”, declarou a treinadora.
Neste domingo tem mais. O Brasil vai disputar a série de arcos – classificou-se em primeiro lugar. Nas maças, as brasileiras avançaram com a quarta melhor nota.
*Com Confederação Brasileira de Ginástica