Vice-campeão olímpico, Caio Bonfim confirmou seu favoritismo e ganhou a Copa Brasil Loterias Caixa de Marcha Atlética pela 14ª vez, neste domingo, 9. Viviane Lyra também manteve o domínio e levou o sétimo título da competição. A disputa reuniu 122 atletas de 37 equipes no circuito de 1km montado na Universidade de São Paulo (USP), na capital paulista.
Caio venceu a prova dos 20km em 1h21min48 – agora, a família Sena Bonfim tem, no total, 22 títulos da competição, uma vez que a mãe e treinadora do marchador, Gianetti Sena Bonfim, venceu a Copa Brasil oito vezes.
No pódio dominado pelo Centro de Atletismo de Sobradinho (CASO-DF), Max Batista ficou com a medalha de prata (1h26min50) e Lucas Mazzo com o bronze (1h33min20). Viviane foi campeã da mesma distância com o tempo de 1h33min52. Gabriela Muniz, também do CASO, foi a segunda colocada (1h38min55) e Gabrielly Cristina dos Santos terminou em terceiro lugar (1h44min43).
O brasiliense de 33 anos chegou ao Brasil na terça-feira, 4, à noite, depois de dois excelentes resultados na Ásia. Caio iniciou a temporada batendo o recorde brasileiro dos 20km (1h17min37) em Kobe, no Japão, em 16 de fevereiro. No dia 1º de março, participou do Grande Prêmio da China, em Taicang, meeting Ouro do Circuito Mundial de marcha atlética – ele ficou em 6º lugar (1h18min20), primeiro atleta não chinês a cruzar a linha de chegada.
“Eu gostei do resultado. Queria ter batido a marca do ano passado [1h21min26], mas foi um ritmo muito bom. Claro, no ano passado não tinha esse cansaço, mas as pernas estão muito boas. Só faltou aquela perninha que tem quando você está totalmente descansado e, no final, dá uma apertadinha, uma crescida”, comentou Caio. “Mas eu consegui marchar bem contra os meus adversários e contra mim mesmo. Fui ajustando e marchei bem.”
O principal desafio de Caio em 2025 é o Mundial do Japão, que será disputado em Tóquio, no mês de setembro. Dono de duas medalhas de bronze (Londres-2017 e Budapeste-2023), ele já tem índice para as provas de 20km e 35km.
“A gente gosta de começar a temporada na Copa Brasil, mas esse ano foi um pouquinho diferente, porque era grande a vontade de fazer a prova do Japão, uma prova de 108 anos de onde sempre sai o primeiro do ranking. Eu queria estar lá e ver o que poderia sair. E aí saiu o recorde mundial [1h16min10, do japonês Toshikazu Yamanishi] e o meu recorde brasileiro. Gostei muito desse início de ano, mas agora é virar a chavinha, descansar um pouquinho e voltar a treinar.”
*Com Confederação Brasileira de Atletismo