Rebeca Andrade e Caio Bonfim foram os vencedores do Atleta do Ano – Troféu Rei Pelé de 2024. Os dois foram homenageados durante a cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico (PBO), na noite de quarta-feira, 11, no Vivo Rio, no Rio de Janeiro.
“É uma conquista muito especial em um ano muito especial. Não poderia estar mais grata por tudo o que aconteceu, agradecer minha família, minha equipe, minha rede de apoio. Obrigado COB e CBG por oferecer as melhores condições para a ginástica fazer história”, disse Rebeca por vídeo, pois não pôde estar presente na cerimônia.
“Ninguém chega a um troféu desses sozinho, obrigado ao Comitê Olímpico, Paulo [Wanderley], confederação brasileira [de atletismo], Wlamir [Motta Filho], FAB, Caixa, fisioterapeutas, massoterapeutas, educadores físicos que estiveram do meu lado para esse momento, aqueles que acreditaram em mim, minha família, meus pais, que são meus treinadores e minha esposa que encarou um ano difícil, 185 dias fora de casa com dois meninos“, agradeceu Caio, medalha de prata na marcha atlética nos Jogos de Paris-2024.
É a quarta vez consecutiva que Rebeca Andrade é escolhida a melhor atleta feminina do País. A ginasta ganhou pela primeira vez em 2021, quando faturou duas medalhas nos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, repetiu a dose em 2022, quando conquistou seu primeiro título mundial no individual geral, e faturou o tri depois de vencer o Mundial de 2023 no salto.
Desta vez ela teve concorrência duríssima, já que as mulheres foram protagonistas da campanha do Brasil na Olimpíada de Paris-2024, com três medalhas de ouro e vários outros desempenhos históricos.
Rebeca, contudo, foi quem voltou para casa com maior número de medalhas: quatro, um recorde na história do esporte olímpico do Brasil em uma só edição. Também se tornou a maior medalhista do País em todos os tempos, com seis.
Em Paris, Rebeca foi ouro no solo, desbancando Simone Biles e sendo reverenciada em pódio icônico, ganhou a prata no salto e no individual geral, e ajudou o Brasil a levar o bronze por equipes, outra conquista histórica para a nossa ginástica.
Já Caio foi escolhido pela primeira vez como o melhor do ano entre os homens. Atleta olímpico pela primeira vez em Londres-2012, ele já havia sido escolhido como Atleta da Torcida em 2017, ano de sua primeira medalha em Mundial.
Em 2024, ele não só conquistou uma histórica medalha de prata olímpica, a primeira do Brasil na marcha atlética, como fez grande temporada internacional, mantendo uma sequência de 12 provas internacionais seguidas subindo ao pódio, desde os Jogos Sul-Americanos de 2022.
Além disso, Caio por muito pouco não ajudou o Brasil a conquistar o título do primeiro Mundial de Revezamento da Marcha Atlética. Na principal prova do calendário de 2024, tirando os Jogos Olímpicos, ele e Viviane Lyra estavam na liderança já na reta final da prova quando ela recebeu uma advertência. A dupla ainda terminou em quinto.
O marchador faturou três troféus no Prêmio Brasil Olímpico, já que também foi o Atleta da Torcida e venceu como melhor do ano no atletismo. Rebeca também ganhou como melhor de sua modalidade.
*Com Comitê Olímpico do Brasil