Hugo Calderano esteve a um passo de realizar o sonho de conquistar um medalha olímpica inédita nos Jogos de Paris-2024. O brasileiro fez uma grande campanha na capital francesa, mas perdeu a medalha de bronze para o francês Felix Lebrun e passou por momentos complicados antes de finalmente alcançar seu maior momento na carreira. Apenas oito meses depois da frustração na França, o carioca brilhou ao conquistar a Copa do Mundo de tênis de mesa em uma trajetória arrasadora com direito a vitórias sobre os três primeiros colocados do ranking mundial.
Aos 28 anos, Calderano fez uma reflexão sincera sobre sua jornada de superação, lembrando dos dias sombrios que se seguiram à dolorosa ausência no pódio olímpico. Ele admitiu o peso da frustração, mas ressaltou a importância de seguir em frente com disciplina e fé no processo.
“Eu tive sabedoria de ver o que estava acontecendo com uma certa distância, eu sentia as coisas, mas nunca achei que fosse parar ou desistir, sempre tive certeza que esse momento ia passar. Sempre confio bastante no tempo, que sempre cura. Eu sabia que tinha continuar fazendo meu trabalho, eu estava sofrendo, mas não era uma coisa de uma depressão profunda. Eu me sentia muito mal, mas era uma oscilação, conseguia forças para me preparar para uma próxima competição”, disse o mesa-tenista em entrevista ao podcast Rumo ao Pódio.
O título histórico na Copa do Mundo de Macau pode servir como um impulso na preparação para os Jogos Olímpicos de Los Angeles-2028, grande objetivo de Hugo na sequência da carreira. Antes disso, ele terá a chance de continuar a rotina de pódios em outros torneios, como o Campeonato Mundial, que será disputado no fim de maio em Doha, no Catar. A competição ocorre a cada dois anos e só fica atrás das Olimpíadas em nível de importância.
“O objetivo principal são as Olimpíadas, mas tem muito tempo até lá. Não tem como martelar o tempo inteiro e pensar só em Jogos Olímpicos. Principalmente eu, que saí com uma certa frustração de Paris. Agora é pensar em objetivos mais a curto prazo, até médio prazo. Olho em Los Angeles, mas é importante saborear e sentir as dificuldades e alegrias do processo”, finalizou Calderano.