A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) anunciou a convocação das Seleções Brasileiras para o Campeonato Mundial de Ginástica Artística, que será disputado em Jacarta, na Indonésia, a partir do próximo dia 19.
A equipe feminina terá Flávia Saraiva, Julia Soares, Júlia Coutinho e Sophia Weisberg. Já o time masculino será composto por Arthur Nory, Caio Souza, Diogo Soares, Vitaliy Guimarães e Yuri Guimarães.
A 53ª edição do Mundial de Ginástica Artística da Federação Internacional de Ginástica (FIG) é o marco inaugural do ciclo olímpico que tem como foco os Jogos de Los Angeles-2028, nos Estados Unidos. A FIG promove competições por equipes apenas a partir do segundo Mundial de cada ciclo. Assim, o evento na Indonésia vai se resumir a disputas por aparelhos e individual geral, o chamado “Mundial de especialistas”.
“O primeiro Mundial de cada ciclo olímpico tem sempre o caráter de reinício, ou de início. Tratam-se de competições mais leves, nas quais não se disputam vagas olímpicas. É uma excelente oportunidade para renovar equipes, para vermos caras novas, para retomada competitiva após recuperações, exibição de novas séries, adaptação a novos códigos de arbitragem. É também a chance de aproximação com o nosso público, de curtir a modalidade e de desfrutar”, afirmou Hilton Dichelli, coordenador da seleção masculina.
“Nesta etapa inicial do ciclo, que é o Mundial de Jacarta, vamos colocar os especialistas em seus aparelhos. E os atletas que competem no individual geral vão buscar a maior quantidade de finais que for possível”, acrescentou Dichelli, após treinamento realizado em Doha, no Catar, onde os brasileiros realizam a aclimatação que visa ao evento.
Aos 26 anos, a medalhista olímpica Flávia Saraiva lidera um grupo no qual despontam novos talentos, repetindo assim a trajetória de outras referências na modalidade em determinados momentos da carreira, como Jade Barbosa ou Daniele Hypolito.
“Estou tendo a oportunidade de treinar com atletas dez ou 11 anos mais novas do que eu. Eu e a Julia Soares, que temos mais experiência, estamos aqui também para ensinar, podendo mostrar o que é um Campeonato Mundial. Não é hora de cobrança, mas de aprendizado, de amadurecimento de jovens ginastas que estão convivendo com duas medalhistas olímpicas”, disse Flavinha.
“A gente consegue ensinar até sem palavras. Consegue-se assimilar muita coisa observando postura, comportamento. Nossa corrida pela vaga olímpica começa em 2026. Então, este é o momento de aproveitarem o Mundial, ver o que significa, que sintam os aparelhos e absorvam o que puderem ao lado das melhores do mundo. É um momento muito interessante, de descoberta, pelo qual eu também passei. E que possam voltar felizes ao Brasil, para dar continuidade ao trabalho, cheias de inspiração”, emendou a ginasta.
Na equipe masculina, Caio Souza, ao lado de outros atletas que também já participaram de Olimpíadas, como o medalhista olímpico Arthur Nory e Diogo Soares, também inspiraram os mais jovens pelo exemplo. Aos 32 anos, e em ótimas condições físicas e técnicas, Caio refletiu a respeito desse início de jornada.
“O primeiro ano do ciclo embute em si os seus desafios. A cada ciclo que se inicia, temos mudanças no código, e desta vez tivemos as mais significativas até então, na minha forma de ver. O sentimento é de felicidade neste reinício, e agora num ciclo normal. O passado foi de três anos; o anterior, de cinco, tudo por decorrência da pandemia [de covid-19]. O trabalho recompensa sempre. Estou ansioso para que comece o Mundial de Jacarta”, falou Caio.






