A Mercedes definiu nas últimas semanas Kimi Antonelli como o substituto de Lewis Hamilton na equipe para 2025. Com o heptacampeão indo para Ferrari no próximo ano, o chefe da equipe, Toto Wolff, falou sobre a decisão de promover o italiano, dizendo que ele faz parte do futuro da equipe e que sempre tentou ser audacioso em suas decisões.
“Sempre tentei ser audacioso com minha equipe e com a Mercedes, olhando para o futuro, desde cedo gostamos da ideia [de promover Antonelli]. Já estávamos convencidos de seu talento, mas era uma questão de maturidade. Agora estamos preparados para assumir o risco em termos de pressão da F1. Vemos Kimi como parte do futuro a longo prazo da equipe”, comentou ele.
A Mercedes acompanha Antonelli há bastante tempo e incluiu o piloto em seu programa Júnior em 2018, quando ele ainda tinha apenas 12 anos. Ele teve um progresso rápido e foi para a F2 este ano, onde a ideia inicial era mantê-lo por mais dois anos. A decisão de Hamilton de deixar a equipe, no entanto, acelerou o processo.
Wolff admitiu que em um primeiro momento a ideia foi buscar um outro piloto mais experiente, como Carlos Sainz, que perdeu sua vaga na Ferrari justamente para Hamilton, mas ressaltou que leva muito a sério seu programa de pilotos.
“Não foi fácil porque havia grandes pilotos que estávamos considerando e que mereciam estar na Mercedes. Carlos é um bom exemplo. Ele teria sido rápido, teria contribuído muito para os campeonatos, mas, de certa forma, nosso programa de pilotos júnior é importante para nós, e acho que o futuro a longo prazo está entre Kimi e George, que estão com a gente há muito tempo. Eles ganharam todas as categorias júnior necessárias, alcançaram todos os objetivos que estabelecemos, e é por isso que apostamos no programa da Mercedes e nos sentimos confortáveis com isso”, explicou.
Wolff foi além, elogiando a personalidade do italiano e comparando sua forma como de outros grandes pilotos, como o próprio Hamilton, Max Verstappen, Lando Norris e George Russell, que será seu companheiro em 2025.
“Quando falamos sobre ele pela primeira vez, há essas crianças especiais no kart que, através das categorias, estão sempre lá, elas vencem. Ele foi um, da mesma forma que Max foi no passado, ou George, Lando ou Lewis, para citar alguns. Foi quando ele entrou no nosso radar”, comentou.
“Além disso, ele tem uma grande personalidade, o que não é surpresa porque sua família é ótima. Seus pais têm a combinação certa de pressão e de dar um abraço. Seu pai foi piloto profissional, ainda é, e está indo mais rápido do que eu em um carro de turismo. Mas eles têm valores excelentes. Juntando tudo isso, a garra na pista, o leão na pista e, fora dela, alguém que é simpático e tem bons valores, isso nos convenceu”, comentou.