O circuito de Kyalami, na África do Sul, deu um importante passo em direção ao retorno da Fórmula 1 ao continente africano. A Federação Internacional de Automobilismo (FIA) aprovou um conjunto de obras que, uma vez concluídas, elevarão o autódromo ao cobiçado status de Grau 1 — requisito fundamental para a realização de provas da principal categoria do automobilismo mundial.
Atualmente classificado como Grau 2, o circuito não atende integralmente às exigências técnicas e de segurança da F1. No entanto, o plano de melhorias apresentado pelas autoridades do autódromo foi avaliado positivamente pela FIA, que concedeu um prazo de três anos para a conclusão das obras.
“Este é um momento decisivo para o automobilismo sul-africano”, disse Toby Venter, proprietário do circuito de Kyalami. “Quando adquirimos Kyalami em 2014, assumimos o compromisso de restaurá-lo, não apenas como um local de classe mundial, mas como um exemplo para o automobilismo em todo o continente africano. A aceitação do nosso projeto de Grau 1 pela FIA é um grande passo nessa jornada. Viramos a página de um novo e ousado capítulo para Kyalami. Estamos prontos para o retorno da Fórmula 1 ao solo africano”.
Segundo Clive Bowen, diretor da Apex Circuit Design — empresa responsável pelo projeto —, as mudanças são consideradas “leves” e não afetarão o traçado da pista. As intervenções se concentrarão na modernização das áreas de escape, sistemas de barreira, cercas de contenção, meios-fios e drenagem. A ideia é garantir que o circuito esteja apto a sediar corridas de alto nível sem comprometer os compromissos já assumidos com outras categorias.
Apesar do avanço técnico, o futuro da Fórmula 1 em Kyalami ainda depende de negociações comerciais. O circuito deixou claro que algumas melhorias só serão implementadas caso a África do Sul receba oficialmente um Grande Prêmio. As conversas com os organizadores da F1 têm se intensificado nos últimos anos, mas ainda não resultaram em um acordo concreto. A última vez que o circuito recebeu a F1 foi em 1993.