A Assembleia Geral do Comitê Olímpico do Brasil (COB) aprovou, por unanimidade, o orçamento de R$ 594 milhões para o exercício de 2025. Impulsionado por recordes de arrecadação por meio da Lei das Loterias e do número de patrocinadores do ciclo olímpico dos Jogos de Paris-2024, o COB destinará R$ 482 milhões exclusivamente para atividades fim, como são chamadas as ações esportivas, sendo R$ 265 milhões diretamente repassados às confederações, maior valor da história.
Além do orçamento, a Assembleia aprovou o Planejamento Estratégico do COB para o ciclo 2025-2028. O mesmo deverá ser referendado na primeira Assembleia da nova gestão, em abril do ano que vem. Ainda foi aprovada uma atualização estatutária para que o Conselho Nacional de Dança Desportiva seja reenquadrado como entidade reconhecida, uma vez que o breaking deixou o programa olímpico após Paris-2024.
Do investimento direto nas confederações, os R$ 265 milhões que serão distribuídos selam um crescimento de 240% desde 2017, início da gestão de Paulo Wanderley. O COB também executa diretamente projetos que beneficiam ações esportivas de atletas e confederações. No próximo ano este montante ultrapassará os R$ 63 milhões.
“As diretrizes adotadas pela gestão do COB no último ciclo olímpico se refletem em números que fortalecem cada vez mais o movimento olímpico brasileiro. As políticas de austeridade, assim como ações estratégicas em áreas como Comunicação e Marketing, geraram aumento significativo das receitas e, consequentemente, dos investimentos que faremos diretamente nas ações esportivas”, disse Paulo Wanderley.
Além de um aumento absoluto de R$ 23 milhões no orçamento geral, para 2025 o planejamento financeiro também prevê um aumento percentual nos recursos destinados à atividade fim, que saem de 85% para 87%. Haverá também um aumento relevante em projetos voltados para o desenvolvimento esportivo, que crescerão 21% no primeiro ano do ciclo olímpico para os Jogos de Los Angeles-2028.
“O COB está sempre buscando otimizar processos para que os recursos cheguem aos principais atores do movimento olímpico, que são os atletas. A transparência na prestação de contas e o acompanhamento constante de políticas e projetos permitem a adequação de estratégias pela diretoria em busca dos resultados esportivos que norteiam o nosso trabalho”, disse Isabele Duran, diretora Administrativo-Financeira do COB.
Antes de chegar à Assembleia, o orçamento foi aprovado pelos Conselhos Diretor e de Administração do COB, sendo posteriormente homologado pelo Conselho Fiscal. A Assembleia desta terça contou com a presença da atual diretoria do COB, do presidente eleito para o exercício 2025-2028, Marco Antonio La Porta, e da vice Yane Marques, de 33 representantes das Confederações Brasileiras Olímpicas e de 15 membros da Comissão de Atletas do COB.
*Com Comitê Olímpico do Brasil