Falar em fiasco soa até estranho. Vexame mais ainda. Gosto amargo? Talvez… o mais preciso é dizer que o desfecho final da temporada mágica do Botafogo foi um pouco aquém do sonho.
Nesta quarta-feira em Doha, no Catar, o Glorioso foi derrotado pelo Pachuca no seu primeiro confronto no Torneio Intercontinental, antigo Mundial, mas que na prática é o Mundial que sempre foi até a Fifa inventar o tal SuperMundial. E a derrota foi acachapante, sobretudo para o time que dominou a temporada brasileira e na América do Sul: 3 a 0, sendo que o time nacional em nenhum momento ameaçou o domínio
mexicano.
O Botafogo que embarcou para o outro lado do mundo com o sonho de enfrentar e, quem sabe vencer, o Real Madrid, volta para o Brasil com um placar humilhante.
Mas esta é uma visão do copo vazio. O copo cheio mostra um time dominante no País e as duas últimas semanas são um resumo do 2024 botafoguense: venceu o Palmeiras por 3 a 1 fora de casa, liquidou o Atlético-MG na final da Libertadores, mesmo jogando com um homem a menos desde os 30 segundos de jogo. Três dias depois venceu o Internacional em Porto Alegre, para quatro dias depois vencer o São
Paulo e confirmar a conquista do Brasileiro.
Ao final da partida desta quarta em Doha, jogadores e o técnico Arthur Jorge não demonstravam muita tristeza, mas um ar de que o time chegou ao seu limite. O cansaço avassalador de uma temporada duríssima bateu e foi impossível ir mais além. Mas o técnico Arthur Jorge refutou a justificativa do cansaço e disse que seu time não fez um bom jogo e que o adversário foi superior. Ponto.
O último ato não foi o esperado, mas a temporada do Botafogo é a maior da sua história e uma das maiores de um time nacional em um bom tempo. Ao longo da história, 2024 será lembrado como o ano redentor do Botafogo. O Mundial será uma parte menos importante.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.