O Flamengo contratou Vidal. O Palmeiras trouxe Atuesta, Borja e Merentiel. O Fluminense arriscou com Douglas Costa. O Grêmio imaginou que pudesse recuperar o futebol do atacante Luan. Em comum em todas estas contratações: foram fracassadas.
O futebol não é uma ciência exata. O jogador promissor pode não se transformar em um craque, o reforço certeiro tem chance de não vingar. O inverso também é verdade. Um desconhecido pode virar uma grande estrela. Aquela figura que roda por dezenas de clubes uma hora pode achar seu lugar e ali brilhar.
Portanto, não há pecado em admitir que uma contratação deu errado. E se há uma que fracassou indiscutivelmente nos últimos tempos foi a de James Rodríguez pelo São Paulo: 22 jogos, dois gols.
O clube e o jogador discutem no momento uma rescisão de contrato e, evidentemente, o acordo ainda não foi fechado pelo óbvio: uma discordância sobre qual valor que o jogador receberá do São Paulo.
Em entrevista esta semana, o presidente do São Paulo, Julio Casares, afirmou que a contratação deu certo porque o jogador brilhou pela seleção da Colômbia. Mas em que aspecto isso ajuda a quem pagou seus salários e emprestou toda a sua estrutura nos últimos meses? O acerto foi no marketing? Mas qual é o dado concreto a ser medido? Dentro de campo evidentemente não foi, pelos números raquíticos do jogador e por atitudes como a de não viajar com a delegação para uma disputa de troféu, a Supercopa do Brasil.
Pior do que admitir o óbvio, que James Rodríguez foi um mico, será ter que lidar com a conta que vem aí, ainda mais para um clube endividado como o Tricolor.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.