Ao som de Evidências, o Brasil fez história no Mundial de Ginástica Artística ao conquistar duas medalhas de prata históricas, a primeira no conjunto geral e a segunda na disputa mista (com dois arcos e três bolas), no último fim de semana. Apesar do sucesso, a equipe brasileira prepara-se para uma triste despedida, uma vez que novas séries terão de ser criadas, o que determina o adeus não apenas a certos aparelhos como à música que se tornou um clássico brasileiro na voz de Chitãozinho e Xororó.
A partir da próxima temporada até os Jogos Olímpicos de Los Angeles-2028, a série mista será apresentada com três arcos e dois pares de maças, que substituem as bolas. Além disso, as cinco fitas dão espaço para a coreografia com cinco bolas. Tais mudanças vão demandar um novo repertório em busca da combinação perfeita com as novas configurações de aparelhos.
“Começaremos tudo do zero de novo. Vamos atrás de músicas, pesquisando as possibilidades. Partiremos para um novo processo, nos despedindo das canções e das coreografias atuais. Talvez consigamos manter os collants por mais um ano, caso eles se encaixem nas novas apresentações”, declarou Camila Ferezin, técnica da Seleção Brasileira de conjunto.
“Ainda está caindo a ficha. Foi a última vez que apresentamos essas séries, mas, graças a Deus, aconteceu no melhor campeonato das nossas vidas, em casa. Estamos muito realizadas. São séries que vão ficar marcadas na nossa história”, comentou a capitã Duda Arakaki, referindo-se também à série de fitas, que foi embalada por O que é, o que é?, Aquarela do Brasil, Come to Brazil e Samba do Brasil.
Após a participação no Mundial – o primeiro realizado na América do Sul e considerado um dos melhores da história pela Federação Internacional de Ginástica (FIG) –, as meninas do conjunto brasileiro – Duda, Nicole Pircio, Sofia Madeira, Mariana Gonçalves e Maria Paula Caminha – ganharam um período de folga e não vão participar do Campeonato Sul-Americano, que terá um clube brasileiro como representante do País.






