John Textor falou, apresentou estudos baseados em inteligência artificial e foi parar no Congresso Nacional depondo na CPI das apostas esportivas. Até então, parecia isolado, apenas um estrangeiro achando que por aqui tudo é na base do grito.

Mas as arbitragens no futebol brasileiro seguiram trágicas e todo mundo se sentiu no direito de reclamar e colocar em dúvida a lisura do esporte no Brasil. Renato Gaúcho retirou seus reservas de campo e disse que seu time vem sendo prejudicado, o presidente do Atlético Goianiense, Adson Batista, esbravejou depois da primeira rodada em que seu time teria sido prejudicado na derrota para o Flamengo. Neste domingo foi a vez de dirigentes do próprio Flamengo fazerem insinuações de que estão apitando contra o Rubro-Negro. No empate contra o Bragantino no sábado, houve uma séria de decisões controversas da arbitragem.

No meio da semana, Abel Ferreira reclamou até da falta de precisão da linha do VAR para marcar impedimentos, quando o Palmeiras teve um gol anulado.

É neste local em que se encontra o futebol brasileiro. Um verdadeiro mar de descrédito por causa de arbitragens muito ruins desde a primeira rodada do Brasileiro, mas também espalhadas por outras competições, como a Copa do Brasil.

Ano passado, o presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Seneme, gravava vídeos em que revia lances polêmicos de jogos da rodada e decretava erro ou acerto da arbitragem. Este ano, este big brother do apito foi encerrado. Era, na verdade, a única manifestação da entidade que comanda o futebol brasileiro sobre assunto tão delicado.

Este ano, nem ele nem ninguém da CBF falou nada sobre a arbitragem. Em um momento em que tudo está sendo colocado em xeque, a confederação precisa aparecer.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Bandsports.