Olimpíadas

COB leva 20 toneladas de materiais de sete países para os Jogos Olímpicos

Comitê detalha logística que exige série de especificações técnicas

Modelo

Da Redação

01/07/2024 14:29

Contâiner COB

Contêiner do COB chega a Marselha, sede da Vela durante a Olimpíada de Paris-2024


Divulgação/COB/João Gabriel Pinheiro

O caminho até a França é longo – e nem sempre de avião. Uma das partes mais importantes no planejamento para os Jogos Olímpicos de Paris-2024 é a logística de transporte de todo o material da delegação brasileira. A operação organizada pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) envolve o envio de equipamentos por terra, mar e ar, com origem de sete países diferentes e exige uma série de especificações técnicas.


Os números chamam a atenção. No total, serão dez contêineres, com uma estimativa de 20 toneladas somente de materiais, mobiliários, material gráfico e de marketing, além de uniformes e equipamentos esportivos. O número de medicamentos, bandagens e equipamentos médicos também impressiona: 41.390 itens. Há também uma grande quantidade de embarcações: 23 no total, sendo seis barcos da vela, quatro botes, dois barcos do remo, cinco barcos da canoagem de velocidade e seis canoas/caiaques slalom.


“A preparação para a logística começa com muita antecedência em projetos assim tão grandes. Dois, três anos antes, a gente já começa a entender qual vai ser o nível de serviço da missão. Entre dez e oito meses antes dos Jogos, chegamos a um plano final para o envio dos materiais”, contou Sebastian Pereira, gerente-executivo de Alto Rendimento e subchefe da Missão Paris-2024.


A logística, de fato, é complexa. Por mar, da China sairão dois contêineres com todo o enxoval de uniformes da delegação brasileira, que se somará ainda ao frete aéreo do Paquistão, de onde virão as peças de treino e de competição. Por terra, da Suécia e da República Tcheca, virão os equipamentos de condicionamento físico. Os barcos da canoagem de velocidade, pisos do vôlei, tatames, botes da vela e varas do atletismo serão levados de Portugal, enquanto os do remo sairão da Itália. O transporte a partir desses últimos países também será por caminhão.


Mas o maior volume sairá do Brasil. Em geral, serão transportados equipamentos de força e condicionamento, mobiliários diversos, equipamentos eletrônicos, todos itens de TI para estrutura de conexão virtual, segurança e internet, eletrodomésticos e materiais de marketing. Além, claro, de equipamentos esportivos de algumas modalidades. Serão cinco contêineres enviados de navio saindo do País rumo à França.


No planejamento, foi preciso levar em conta a melhor forma de transporte. O cargo aéreo, por exemplo, permite um tempo de trânsito bem menor - em alguns casos, o transporte por mar ou terra pode chegar a 45 dias. Também foi considerado o custo envolvido pelo volume do material. No caso do envio dos materiais de infraestrutura e dos uniformes do Time Brasil para o Taiti, base do surfe nos Jogos, foi definido o transporte por avião a partir de Paris pelas facilidades que isso criaria.


“Durante os Jogos, a gente contrata um armazém por cerca de três meses. É um armazém grande, de 800m², onde a gente centraliza nossos materiais e, dali, começa a distribuir. Material que vai para a Vila Olímpica, para Saint-Ouen [base do COB], para cada instalação, para a Casa Brasil. São mais de 60 caminhões e contêineres em movimentações pela França”, disse João Gabriel Pinheiro, que integra a equipe de planejamento de logística para os Jogos de Paris.








*Com Comitê Olímpico do Brasil


MAIS NOTÍCIAS