A Fórmula 1 teve nesta quarta-feira, 21, o seu primeiro dia de testes de pré-temporada no circuito do Sakhir, no Bahrein, e as notícias não são muito animadoras para quem imaginava um campeonato de 2024 mais competitivo: Max Verstappen começou o dia na frente e com uma larga vantagem.
O holandês, apenas na primeira atividade do ano, colocou mais de um segundo em cima de Lando Norris, que veio logo atrás. É muita coisa.
Ah, mas as equipes podem progredir. Sim, certamente, bem como a Red Bull fará o mesmo ao longo da temporada. Ok, a tendência é a evolução das demais ser maior e isso nos dá mais esperança de competitividade.
Após Verstappen vencer 19 de 22 corridas, com a Red Bull não ganhando somente uma em 2023, eu confesso que pensava que não veríamos um domínio nessa proporção em 2024 — mas já considero, sem dúvidas. Talvez, não veremos 21 vitórias do time, mas umas 15? Bem capaz.
O que pode atrapalhar a Red Bull é a investigação sobre Christian Horner. O jornal De Telegraaf já aponta como um caso de assédio sexual, que o dirigente já teria tentado um acordo com a funcionária que o acusa de conduta inapropriada, como é tratado o caso internamente.
É um caso muito sério, que precisamos aguardar a investigação, mas, em segundo plano, há uma briga pelo poder entre o time da Fórmula 1 e o escritório na Áustria, com Oliver Hintzlaff à frente do departamento de esportes.
O lado austríaco da gestão da Red Bull, detentor de 49% do grupo, não gosta do estilo como é feita a gestão do time da Fórmula 1. Algo que mudou totalmente após a morte de Dietrich Mateschitz.
Isso pode mudar a escala de forças? Pode, mas não deve. A estrutura para 2024 está pronta, a saída de Horner impactaria muito mais à partir de 2025, mas são cenas para os próximos capítulos.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Bandsports.