Eu não tenho poder de prever o futuro, mas, em começo de temporada, sempre é válido dar alguns palpites. Baseado nos primeiros treinos e no que foi apresentado até aqui, não vejo como alguém vai ser capaz de bater a Red Bull em 2024, mesmo com os resultados do TL1 e TL2 de quinta-feira. Mas quando eu falo Red Bull, quero dizer Max Verstappen.
O tricampeão mundial é um fenômeno e está no melhor carro. Nada indica que o holandês não seja campeão mais uma vez e, enfileirando vitórias, vai trazer o título para sua equipe. Sergio Pérez, em último ano de contrato, vai sentir a pressão — mais do que em 2023. Não vai entregar o que a Red Bull espera dele (sólido no segundo lugar) e vai acabar fora em 2025.
Acho que o mexicano segue na F1, pois tem bons patrocinadores, mas vai para alguma equipe mais atrás.
A Ferrari vai brigar com a McLaren para ser a segunda força, com vantagem para os italianos. O carro parou de devorar pneus e, vamos lembrar, nas últimas corridas da temporada, Leclerc e Sainz andaram à frente de Norris e Piastri. Vai ser uma briga boa, mas aposto no time de Maranello.
Leclerc sabe que não tem o que fazer para ofuscar Hamilton em 2025, a não ser que seja campeão esse ano e com Verstappen na pista, sem nenhuma intercorrência. Isso seria o ápice para o monegasco, que estaria nos braços dos tifosi, o que seria muito — e coloque muito nisso — difícil. De toda forma, ser vice-campeão e desafiar Verstappen em algumas corridas será importante para chegar com moral no ano que vem.
Já Sainz precisa mostrar valor para conseguir um lugar na Red Bull ou na Mercedes. Em 2025, mesmo com a Audi chegando em 2026, não será bom negócio ir para a Sauber, como muitos apontam. Então, a Ferrari vem forte.
Na sequência, coloco no mesmo balaio Mercedes, Aston Martin e RB. Hamilton saiu da Mercedes por ter visto algo que não lhe agradou — seja o carro ruim ou o fato de prepararem terreno para Kimi Antonelli (um heptacampeão mundial não se ‘sujeitaria’ a isso), então, creio que vai se preocupar é com a Ferrari. Com isso, a Mercedes perde alguém importante para desenvolver o carro desse e do próximo ano.
A Aston Martin tem Fernando Alonso, mas Lance Stroll não anda perto do espanhol, vai atrapalhar na briga dos construtores, enquanto a RB deu um salto e tem uma dupla bem coesa, com Daniel Ricciardo e Yuki Tsunoda, com ambos falando em andar entre os cinco primeiros. Podem até andar na frente de Mercedes e Aston Martin, isso quando não beliscar algo mais à frente.
Na sequência, vem Alpine e Williams. A Alpine segue perdida em sua gestão e já tem anos que promete um salto que nunca vem, enquanto a Williams continua seu progresso, no segundo ano de gestão de James Vowles. Na rabeira, Sauber e Haas vão brigar com foice para ver quem não fica atrás.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Bandsports.