O Palmeiras atropelou o Liverpool do Uruguai em Montevidéu por 5 a 0 e praticamente garantiu sua classificação para a fase de mata-mata da Libertadores.

O time de Abel Ferreira já tem uma conquista no ano, a do Campeonato Paulista, conquistada de forma protocolar, quase sem nenhuma grande emoção.

Talvez por conta da normalidade com que o Palmeiras de Abel empilha vitórias e consequentemente troféus, a visão de quem olha ficou turva. E o diagnóstico que saiu disso é o de que o time "não joga tão bem". Recentes vitórias com gols nos momentos finais das partidas ajudam nesta avaliação.

Mas me parece uma visão completamente equivocada. "O Palmeiras não encanta", dizem muitos. Mas pergunte a qualquer torcedor se ele queria no seu time números como os que o Verdão apresenta desde que Abel pisou no Brasil.

O diagnóstico de que não joga bem é primo do fato de que o Palmeiras normalizou a vitória. Este é o padrão do time de Abel, que na entrevista coletiva de ontem após o jogo em Montevidéu sentenciou: "A máquina competitiva que se tornou."

Há encantamento pelo Galo de Milito e uma certa empolgação pelo início de trabalho de Zubeldía no São Paulo. Mas ainda estão muito longe do nível competitivo apresentado pelo Palmeiras. E não é um trabalho fácil chegar no ponto em que as vitórias viram uma rotina enfadonha para quem não é palmeirense.

*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Bandsports.