O dia 1º de maio de 1994 é um dos mais terríveis na história do esporte mundial e nesta semana chegamos à triste, mas não menos importante, marca de 30 anos da morte do ídolo brasileiro Ayrton Senna durante do GP de San Marino de Fórmula 1 daquele ano.
Para Giancarlo Minardi, fundador da escuderia que levava seu sobrenome e atual presidente do Autódromo de Ímola, local da tragédia, Senna “ainda vive”.
“Eu estava presente naquele trágico dia em que ele morreu, e este ainda é o pior dia da minha carreira”, disse Minardi ao site RacingNews365.
“Deveria haver um estudo sobre como Ayrton Senna ainda é tão conhecido 30 anos após sua morte, não só entre os mais velhos, mas pelas gerações subsequentes”, afirmou ele. “Senna continua vivendo de geração em geração, não só porque as pessoas se lembram dele, mas por causa do interesse das pessoas.”
Apesar de trágica, a morte de Senna levou a Fórmula 1 a realizar várias mudanças, tornando-se uma categoria muito mais segura para os pilotos.
“Parece que o Senna morreu ontem, esses são os meus pensamentos também. Para mim, na verdade, o Senna nunca morreu, e isso porque a morte dele teve muito impacto no esporte”, avaliou Minardi.
“Não só na F1, mas também nas categorias juniores, muitas mudanças foram feitas em termos de segurança após sua morte e por isso devemos ser muito gratos. Depois disso, pilotos de diferentes gerações agora podem finalmente pilotar carros mais seguros e, por causa disso, na minha opinião, Senna ainda está vivo”, explicou.
Homenagens
Aquele fim de semana em Ímola não ficou marcado apenas pela morte do ídolo brasileiro. Nas atividades de sábado, dia 30 de abril, o austríaco Roland Ratzenberger também perdera a vida após seu carro se chocar contra o muro. Na sexta-feira, Rubens Barrichello também sofrera um grave acidente, mas sem maiores consequências.
Segundo Minardi, a próxima quarta-feira será dedicada a homenagens a Senna e Ratzenberger no circuito de Ímola, Itália.
“O dia 1º de maio será totalmente dedicado às trágicas mortes de Senna e Ratzenberger”, contou ele. “Conversamos com os pais de Ratzenberger e juntos decidimos que queríamos homenagear os dois pilotos no mesmo dia.”
“No museu do circuito, vamos expor o carro Williams de Senna e os capacetes que ele usou. Haverá uma exposição de pinturas e retratos de Senna e depois seguiremos para o interior do circuito, onde estarão presentes ministros da Itália e do Brasil para homenagear os dois pilotos”, finalizou Minardi.