O Brasil carimbou oficialmente o passaporte para a Copa do Mundo de 2026 na noite desta terça-feira na Neo Química Arena após a vitória magrinha contra o Paraguai.
Mas a pergunta é: é possível gostar de um jogo cujo placar foi de 1 a 0 contra o Paraguai? E a minha resposta: é!
Foi um show de bola? Longe disso. Resgatamos o futebol-arte que é marca registrada da camisa amarela? Também não. Houve evolução com relação ao empate contra o Equador? Sim. Houve evolução com relação ao trabalho dos últimos treinadores? Muita!
Mas além de avaliações técnicas, a vitória do Brasil contra o Paraguai trouxe uma certa personalidade perdida à Seleção. O time lutou, acelerou, pressionou, jogadores chamaram a torcida para ajudar. Parece ter sido restabelecida uma conexão adormecida entre torcedor e Seleção, representada pelos aplausos ao final da exigente torcida paulista que encheu a Neo Química Arena.
Tudo isso soa como papo de torcedor Pacheco empolgado ao extremo com uma vitória contra o Paraguai (que faz ótima campanha e tem um sistema defensivo forte). Mas não é. Amanhã o Brasil pode voltar a jogar mal e voltar ao modo insosso de outrora. Mas é indiscutível que algo está diferente.
Ou alguém vai negar que o futebol de Vinicius Júnior, Bruno Guimarães, Matheus Cunha e , Raphinha não foi melhor do que em outras apresentações?
Mas é sempre bom colocar os pés na terra: o Brasil ainda é pior do que algumas das principais seleções que estarão na Copa. Tem um ano para este time crescer. Um ingrediente importante apareceu ontem: personalidade.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.