Fernando Diniz é o novo treinador na linha de fogo do futebol brasileiro. E ainda estamos em janeiro.
A mistura de muito investimento + torcida muito exigente + clube que tem um dono coloca o treinador dentro de um caldeirão que começa a esquentar e pode ferver.
Na quarta-feira, o Cruzeiro jogou mal e perdeu para o Athletic por 1 a 0. Alguns dos reforços contratados pelo clube recentemente foram mal, casos de Cássio e Dudu. A torcida vaiou e na entrevista coletiva após a partida o próprio Diniz deu o tom da pressão que está sentindo.
O treinador recebeu de um repórter a seguinte pergunta:
– O que o Fernando Diniz de 2024 aprendeu que pode levar para 2025?
A resposta começou com:
– Esta é uma pergunta difícil de responder e fácil de fazer. (Em seguida falou que foi uma pergunta oportunista).
Depois Diniz ainda diz que o aprendizado é feito todos os dias e não apenas depois de uma derrota.
O ano de 2024 não foi bom para Fernando Diniz. Quando saiu do Fluminense, o time estava na última posição no Brasileirão. Sua passagem pela Seleção Brasileira foi desastrosa e seu fim de ano, já no Cruzeiro, idem. De classificado para a Libertadores, o Cruzeiro terminou a temporada apenas com a vaga na Sul-Americana, torneio que também foi perdido, derrotado na final pelo Racing.
Então, a pergunta era interessante porque afinal é senso comum que se aprende mais na adversidade do que nos bons momentos.
E o momento atual do treinador continua não sendo bom. Vale lembrar que Diniz ganhou uma espécie de sobrevida no Cruzeiro. Sua demissão chegou a ser ventilada, mas ele permaneceu para iniciar uma nova temporada.
Ainda é muito cedo, mas o fato é que o treinador já está muito pressionado. Respostas atravessadas para a imprensa não ajudam.
Seu diagnóstico para sair da situação difícil é preciso: só com vitórias. Elas têm sido raras no Cruzeiro e pelo elenco montado serão demandadas logo, sem tempo para muita coisa.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.