A diferença de realidades entre dois clubes gigantes do futebol brasileiro ficou clara diante dos últimos acontecimentos.
O Palmeiras insiste na contratação do atacante Vitor Roque. Nem mesmo um obstáculo por causa da janela de transferências fechada na Espanha parece ser suficiente para deter a sede alviverde pelo atacante. O clube tenta alguma manobra para que finalmente Abel Ferreira tenha um camisa 9 da qualidade que ele deseja.
A frase “Palmeiras contrata Vitor Roque do Barcelona” já é suficientemente impactante. Foi quase uma impossibilidade absoluta em qualquer tempo da história do futebol um clube brasileiro trazer um jogador sob contrato de um gigante europeu pagando nada menos do que 25 milhões de euros (cerca de R$ 150 milhões).
Para se ter uma noção do que significa este valor: se um clube estrangeiro contrata um jogador brasileiro pagando esta quantia, isso é motivo para dirigentes e torcida comemorarem como uma “grande venda”.
A outra realidade é a do São Paulo. Preso às amarras do FIDC (o fundo de investimento criado para saldar dívidas bancárias do clube), o Tricolor não tem um tostão para gastar. Para ter uma figura do tamanho de Oscar foi necessário abrir mão de vários jogadores. Para pagar os salários de Oscar, o patrocinador entrou em ação. Ainda teve o desejo do jogador de vestir a camisa do time depois de uma controversa saída do clube no começo da carreira. Sem todas estas peças, o quebra-cabeças não teria fechado.
Agora o São Paulo perdeu Pablo Maia, machucado, e tenta repatriar Thiago Mendes. Os valores pedidos pelo jogador são impeditivos para o clube, que tenta uma engenharia financeira para viabilizar a contratação também contando com a boa vontade do atleta de voltar ao clube.
Enquanto isso, Abel pediu um camisa 8 e o Palmeiras foi buscar o ótimo Lucas Evangelista do Bragantino por 4 milhões de euros (mais de R$ 24 milhões).
Clubes igualmente gigantes em realidades completamente distantes.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.