A temporada do futebol nacional ainda não esquentou. Os Estaduais ou não começaram ou os principais clubes estão poupando titulares para quando a coisa pegar de vez.
Mas é possível focar em um tema que também está frio por enquanto mas tende a esquentar à medida que a bola rolar. A arbitragem brasileira.
Se há um tema com opinião unânime sobre 2024 é que a arbitragem foi bem ruim. A cada rodada em qualquer campeonato, uma chuva de reclamações de atuações tenebrosas dos homens do apito.
Neste fim de semana, Anderson Daronco deu entrevista à Rádio Bandeirantes e declarou que a arbitragem brasileira é “extremamente boa, o que falta é respeito”.
Um dos árbitros mais criticados em 2024, Daronco entende que o ambiente do futebol brasileiro é um fator a mais de dificuldade para os membros da sua classe.
“Imagina qualquer outro ofício sofrer ataques como a arbitragem sofre e ainda ter seu trabalho exposto, não só no momento do jogo, mas no pós-jogo, em programas esportivos, nas redes sociais. E você tem que viver sem que isso não estivesse acontecendo, como se não chegasse para você no WhatsApp, como se você vivesse numa bolha. Nessa parte, a gente carece um pouco mais de respeito e de tranquilidade para trabalhar. Por isso, digo que a gente é extremamente bom e
qualificado, inclusive comparados ao cenário europeu”, disse ele.
Fato é que no Brasil o tema arbitragem muitas vezes é protagonista nos debates, muito mais do que se jogadores atuaram bem, mal ou sobre o desempenho coletivo das equipes. Arbitragem é uma espécie de fetiche nacional.
Soma-se a isso uma cultura de absoluto desrespeito dos jogadores com os árbitros. São tentativas constrangedoras de ludibriar o tempo todo, além de pressão, cera e muito mais.
Não concordo totalmente com a opinião de Daronco. A arbitragem nacional é ruim, intervencionista e muito mal preparada. Mas é inegável que o ambiente deixa as coisas ainda piores.
Dá para ter esperança de melhora em 2025?
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.