A Copa do Mundo de Clubes prossegue e as discussões pertinentes sobre a distância entre europeus e não europeus seguem vivas rodada a rodada.
Ainda está fresco na memória de todos o embate mais significativo entre dois continentes até aqui: a vitória contundente do Bayern de Munique, potência europeia, sobre o Flamengo, potência sul-americana. Podemos argumentar aqui e ali sobre alguns pontos, mas fato é que o time alemão subjugou o brasileiro quando quis. É mais claro e justo fazer a análise deste jogo com uma certa distância do calor dos fatos.
Outros confrontos são menos definitivos para análises, como a vitória do próprio Flamengo sobre o Chelsea, que não está na primeira prateleira dos times europeus e que terá nova chance de embate contra sul-americano diante do Palmeiras, na sexta-feira. Naquela ocasião, o Rubro-Negro amassou o rival.
O Botafogo segue sendo quem teve o maior feito até aqui, a vitória sobre o PSG. Mas os poréns surgiram, como o fato de o jogo ter sido na primeira fase, com o time francês ainda sem todos os titulares. O desempenho do campeão europeu na sequência da competição reforça a ideia de que contra o Botafogo o time ainda estava “esquentando”.
O Palmeiras ainda não foi testado de fato contra um europeu, será na sexta, mas contra um da segunda prateleira europeia.
E por fim o Fluminense, que encarou bem Borussia e Inter de Milão. A vitória contundente sobre os italianos nas oitavas chama atenção pelo futebol praticado pelo Tricolor e a forma como controlou o jogo praticamente o tempo todo.
O Manchester City, eliminado pelo Al Hilal, tende a reforçar o argumento de “pré-temporada”. Guardiola mexeu bastante no time, parece estar tentando achar uma nova formação para o que vem por aí e não exatamente para este torneio. Mas pelo menos nas declarações, o treinador via valor na competição.
E por fim o Real Madrid, uma incógnita. Sem praticar um grande futebol, vai avançando sob novo comando técnico de Xabi Alonso. A vitória contra a Juventus foi muito comemorada por um jogador em particular: Vini Júnior. O restante parece ter tratado como uma formalidade.
Como os lados das chaves estão desequilibrados, há uma boa chance de ter confronto entre europeu e não europeu na decisão. Será que até lá teremos uma conclusão sobre a distância entre o futebol de cada continente?
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.