Empresa especializada em pesquisa de mercado e análise de mídia com foco em esportes e entretenimento, o Ibope Repucom divulgou o estudo Women and Sports, que traz dados sobre o crescimento do interesse feminino por esportes no Brasil.
O levantamento traduziu em números o que a Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) já constata há tempos nas arquibancadas, nas redes sociais e no contato com o público. Uma expressiva parcela, que corresponde a 61% da população conectada, declara-se fã da ginástica artística, que foi chamada por seu antigo nome no estudo, ginástica olímpica. Desde que a ginástica rítmica foi incluída nos Jogos Olímpicos, na edição de Los Angeles-1984, o adjetivo “olímpica” deixou de ser empregado para diferenciar a ginástica artística, que faz parte da programação olímpica desde a Olimpíada de 1896, em Atenas. A ginástica artística é praticada por mulheres nos Jogos Olímpicos desde Amsterdã-1928.
Os 61% de brasileiros interessados em ginástica artística significam mais de 71 milhões de pessoas. Entre as mulheres, esse número sobe para 69%.
“O sucesso da ginástica brasileira não acontece por acaso. A Confederação Brasileira de Ginástica (CBG) fortalece sua marca e a reputação de suas atletas desde as categorias de base”, afirma Glória Andrade, relações públicas da CBG e que comanda a comunicação da entidade há 15 anos.
Entre os esportes com mais fãs no público feminino brasileiro, apenas o vôlei supera a ginástica artística, e por diferença mínima (70% a 69%). É verdade também que o vôlei é uma paixão de massas mais antiga entre os brasileiros. A primeira medalha olímpica verde-amarela nesse esporte foi conquistada em 1984; na ginástica, a primeira subida ao pódio olímpico ocorreu em 2012, com Arthur Zanetti.
A Sponsorlink – pesquisa sobre hábitos, perfil, atitudes e consumo de mídia e comportamento de compra de fãs de esportes no Brasil – registra que o crescimento do volume de indivíduos que se declaram fãs de ginástica cresceu 160% desde 2015.
Henrique Motta, que tomou posse do cargo de presidente da CBG no dia 1º deste mês, sintetizou o significado dos números trazidos a público pelo Ibope Repucom.
“Neste mês em que refletimos sobre temas como igualdade de gênero, direitos das mulheres e combate à violência contra a mulher, os números desse estudo tão qualificado nos enchem de orgulho e nos dão uma dimensão mais precisa do tamanho de nossa responsabilidade. A ginástica é importante para milhões de brasileiras. Esse crescimento enorme nos últimos dez anos mostra que a confederação e toda a comunidade gímnica está de parabéns. Vamos empregar todos os esforços para crescermos ainda mais na preferência das brasileiras, e sempre focando não apenas em glórias esportivas. Nossa prioridade foi, é e será sempre incluir através do esporte.”
Redes sociais. O estudo deste ano traz informações também sobre as esportistas com mais seguidores no Instagram. Entre as 15 mulheres ligadas ao esporte com os números mais altos, nada menos do que sete são ginastas ou ex-ginastas. Em primeiro lugar, está Rebeca Andrade (11,3 milhões de seguidores); Flávia Saraiva é a terceira, com 5,5 milhões. Confira os outros nomes: Júlia Soares (6ª; 2,6 milhões); Jade Barbosa (7ª; 2 milhões); Lorrane Oliveira (8ª; 1,9 milhão); Daiane dos Santos (14ª; 1,4 milhão), Laís Souza (15ª; 1,3 milhão).
*Com Confederação Brasileira de Ginástica