Presidente da Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG) e ex-atleta de skeleton, Emilio Strapasson será o chefe da Missão Brasileira para os Jogos Olímpicos de Inverno de Milão-Cortina-2026. O anúncio foi feito durante evento do Comitê Olímpico do Brasil (COB) que marcou a celebração de um ano para a Olimpíada de Inverno, na quinta-feira, 6.
“Me sinto muito honrado com a indicação e agradecido ao presidente Marco La Porta pela confiança. Ser chefe de Missão é uma oportunidade de estar a serviço dos atletas desde agora, acompanhando a luta pela qualificação para os Jogos e preparando a logística da nossa delegação para que eles possam performar no seu máximo na Itália”, disse Strapasson, que esteve perto de se classificar para Turim 2006.
“Ser um atleta olímpico é uma conquista pessoal e coletiva, é a realização de um sonho e também é carregar a responsabilidade de representar todo um país. Meu trabalho será de dar todo o apoio, junto à equipe do COB e da CBDN [Confederação Brasileira de Desportos na Neve], para que isso aconteça. Tenho certeza de que teremos uma participação histórica no próximo ano”, acrescentou o dirigente.
Strapasson é empresário e gestor esportivo, conhecido por sua atuação no desenvolvimento dos esportes de inverno no Brasil. Nascido em Rio Grande (RS), ele foi o primeiro atleta de skeleton do Brasil com participações em campeonatos continentais e no Mundial de 2011, onde ficou entre os 30 melhores do planeta.
Após o fim de seu ciclo como atleta, ele se tornou o presidente da CBDG (2013-2017), quando sete atletas em três provas se classificaram para a Olimpíada de Inverno de Sochi-2014, colaborando para compor a maior delegação da história do Brasil em Jogos de Inverno com 13 atletas.
Ele tem atuação importante junto à Federação Internacional de Bobsled e Skeleton, estando no segundo mandato como membro do Comitê de Desenvolvimento. Para Milão-Cortina, o Brasil chega muito forte para a disputa do skeleton, com Nicole Silveira. Além dela, Lucas Pinheiro Braathen, no esqui alpino, se colocou entre os melhores do mundo. A expectativa é que o Brasil tenha de 15 a 20 atletas e esteja representado em seis a oito modalidades.
“A um ano dos Jogos e com os resultados que o Brasil vem alcançando nesta temporada, confesso que as expectativas crescem bastante. Nosso melhor resultado até hoje foi o nono lugar de Isabel Clark em 2006, em Turim, na Itália, e por uma feliz coincidência, será 20 anos depois, também na Itália, que teremos a chance de melhorar esta marca. A previsão, portanto, é de levarmos a maior delegação e obter os melhores resultados da história na nossa décima participação em edições dos Jogos Olímpicos de Inverno”, finalizou Strapasson.
*Com Comitê Olímpico do Brasil