O início meteórico de Carlos Alcaraz no circuito profissional de tênis rapidamente o alçou à condição de sucessor natural do lendário Big 3. Em um documentário recém-lançado no streaming sobre sua trajetória, o jovem espanhol não esconde a ambição de ser o maior tenista de todos os tempos, mas faz questão de ressaltar diversas vezes que o fará “à sua maneira”, equilibrando essa meta com uma vida mais leve, sem abrir mão dos prazeres fora das quadras.
No entanto, alcançar esse feito expressivo não será tarefa fácil. Para Carlos Moya, ex-número 1 do mundo, a jornada de Alcaraz exigirá um esforço fora do comum, já que a dedicação mostrada por Roger Federer, Rafael Nadal e Novak Djokovic é o padrão que precisa ser igualado.
“Querer ser o melhor da história dessa maneira, pode até ser. Mas vejo como difícil. Já vejo como difícil tendo uma vida normal. É muito complicado. É claro que, por seu nível, pode chegar a ser [o melhor da história]. Dos três que conseguiram [Federer, Nadal e Djokovic], ninguém foi assim”, alertou Moya, ex-treinador de Nadal.
Com apenas 22 anos, Alcaraz já tem 18 títulos na carreira, com destaque para quatro Grand Slams. Nesta temporada, o atual número 3 do ranking da ATP tem vivido altos e baixos e faturou até o momento dois troféus, do ATP 500 de Roterdã e do Masters 1000 de Monte Carlo.
“É impossível ganhar o que ele ganhou sem disciplina e sem trabalho. Tem 22 anos, tem o direito de viver. O que está dizendo não está prejudicando ninguém. É sustentável a longo prazo? É difícil, mas ele já tem sua equipe, que o aconselha e o lidera”, minimizou Moya.