Prestes a disputar sua primeira Copa do Mundo, Benjamin Jr. carrega o Beach Soccer no DNA e na certidão de nascimento. Filho do tetracampeão mundial Benjamin (2006, 07, 08 e 09), ele recebeu o mesmo nome do pai, daí a origem de seu apelido, Benjinha. Aos 31 anos, realizou o sonho de ser convocado pela primeira vez para uma Copa do Mundo, mas não quer parar por aí. Está ansioso pela estreia e almeja se sagrar campeão.
“Eu estava muito ansioso para esse momento chegar, porque eu tenho um pai que viveu isso e já jogou seis Copas do Mundo. Poder realizar esse sonho é a continuidade de um legado que tenho em casa. Estou muito feliz por esse momento e não vejo a hora de estrear logo”, comemorou.
Sua primeira partida será na próxima sexta, 2, diante de El Salvador, às 12h (de Brasília), na Paradise Arena, em Victoria, capital de Seicheles. Pela Amarelinha, é bicampeão da Copa América (2023 e 25), do Neom Beach Games (2022 e 2024), entre outras conquistas, disputou 50 jogos e marcou 36 gols.
Inspiração paterna
Benjamin é o terceiro maior artilheiro do Brasil em Copas, com 35 gols, empatado com Buru e venceu duas Bolas de Prata e uma Bola de Bronze. Com uma trajetória vitoriosa, brinca com Benjamin Jr. sobre estarem no mesmo patamar com a convocação do filho para o Mundial.
“Ele brincou comigo e disse: ‘Agora você vai poder sentar na mesma mesa que eu’. Levar mais um título para dentro de casa e colocá-lo na mesma prateleira com os dele é um sonho não só meu, mas de toda minha família”, lembrou.
Benjamin Junior conta que o pai é rigoroso em suas análises sobre o desempenho do filho. Mesmo quando atua bem e marca gols, ouve conselhos da lenda do Beach Soccer sobre o que deve ser melhorado, seja após jogos, seja após treinamentos.
“O contato com ele não é só pós-jogo, é pós-treino também. Ele me cobra muito. Quando um jogo acaba, ele é o primeiro que quero ouvir. Muitas vezes tem partidas em que acho que me destaquei, faço, por exemplo, três gols e vou feliz falar para ele. Mas primeiro tem o puxão de orelha. É uma cobrança que me faz bem e tenho tudo para crescer e ser um pouquinho igual a ele”, disse.
Chance em meio a campeões
Ele e o fixo Thanger são, entre os 12 convocados, os únicos estreantes em Copas do Mundo. No grupo chamado por Marco Octavio, nove são campeões mundiais. Bobô, Teleco, Brendo e Edson Hulk conquistaram o título em 2024, assim como Catarino, Filipe Silva, Mauricinho e Rodrigo, quarteto também campeão em 2017. Além deles, Lucão levantou a taça do Mundial em 2017.
Embora ainda não saiba o que é representar o Brasil na competição, Benjamin Jr. destaca que conta com o respaldo do grupo para arriscar.
“Eles nos deixam muito à vontade. Tem vezes que me sinto tão à vontade que esqueço até que é a minha primeira Copa, porque a gente tem a liberdade de falar qualquer coisa, de opinar. Eles falam: ‘Fica à vontade, se diverte dentro de campo, porque a gente vai estar aqui para cobrir, caso algo dê errado’. O grupo que a gente criou aqui é uma família”, enalteceu.
*Com Confederação Brasileira de Futebol