O Fluminense no Mundial de Clubes é quem puxa a fila de uma ligeira levantada na autoestima do futebol brasileiro. Fez um grande jogo contra o Borussia Dortmund e merecia ter vencido, acabou empatando por 0 a 0. Nada mau.
Justamente o Fluminense, o brasileiro menos badalado entre os quatro que estão nos Estados Unidos. Menos dinheiro, menor expectativa e com um treinador que é o oposto do que é valorizado atualmente por aqui. Primeiro por ser brasileiro. E depois porque não dá entrevistas falando de zona 14, linha de quatro, 3-5-2 e costuma dizer que jogou mais do que Cristiano Ronaldo.
Fato é que o Borussia era o adversário mais difícil até aqui para os brasileiros, e o Flu não apenas não se intimidou, como jogou para vencer e quase conseguiu. O empate foi mais do que o esperado e deixou o Tricolor das Laranjeiras em boa situação, considerando que os outros dois times do grupo são bem mais fracos. É possível dizer hoje que o Fluminense está mais perto da segunda fase por já ter enfrentado o mais forte do seu grupo e porque os outros – Ulsan e Mamelodi Sundowns – são notadamente mais frágeis.
Mas sem desmerecer o que fizeram os outros brasileiros. O Flamengo fez o básico e venceu com tranquilidade um rival muito fraco, o tunisiano Espérance. O Palmeiras teve chance de vencer o Porto, rival mais forte do grupo, e o Botafogo fez também sua obrigação ao derrotar o Seattle Sounders na estreia.
O Glorioso tem a situação mais difícil porque os adversários a partir de agora são fortes, um favorito ao título, o PSG, e outro europeu, o Atlético de Madrid. Pode ser o único a não avançar de fase.
Mas o que fica da primeira rodada é que o Brasil levanta um pouco a sua autoestima. Afinal, até aqui seus times têm ido bem, obrigado.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.