A torcida brasileira lotou a quadra Guga Kuerten para apoiar João Fonseca na estreia do Rio Open, mas Alexandre Müller não se intimidou. O francês superou a jovem estrela da casa por 6/1 e 7/6 (4) e avançou à segunda rodada do maior torneio brasileiro. O número 60 do mundo celebrou a vitória e destacou o quanto esse momento ficará marcado em sua carreira.
“Estou muito feliz. O Fonseca, sem dúvida, será uma lenda do esporte. Já é incrível com tão pouca idade. Essa vitória tem um significado especial para mim. Quando eu parar de jogar, poderei contar aos meus filhos que derrotei o Fonseca na quadra central do Rio de Janeiro. Sei que ele é uma grande estrela aqui, então lamento pelo torneio e pelo público, mas eu queria vencer. Os brasileiros ainda terão muitas chances de vê-lo brilhar por anos e anos”, declarou o francês aos jornalistas após o jogo.
Müller também explicou a estratégia que o levou à vitória e admitiu que a atmosfera na quadra foi mais intensa do que na Copa Davis.
“O segredo foi manter o foco no meu jogo e não me preocupar com a torcida contra mim. Concentrei-me no que precisava fazer, e funcionou. Ele joga muito recuado, então tentei usar bem a quadra, subir à rede depois do saque e abusar das curtinhas. No segundo set, ele melhorou, mas me mantive calmo e consegui me impor nos momentos decisivos”, comentou.
“Nunca tinha jogado uma primeira rodada com um clima de final. Foi estranho para mim, pior do que na Copa Davis. Lá, pelo menos, seria Brasil contra França. Aqui, era só Brasil. Mas, no fim, foi uma experiência incrível”, finalizou Müller.