A imagem mais marcante do primeiro jogo da final da Copa do Brasil é a de Gabigol olhando para a câmera depois de fazer de canhota o seu segundo gol (o terceiro do Fla) com cara de “fazer o que, né?”.
O atacante rubro-negro foi o personagem da partida que deixou o Flamengo muito perto do título da Copa do Brasil. Pode perder por até um gol de diferença em Belo Horizonte semana que vem que ainda assim ficará com o troféu.
Gabigol teve dois anos péssimos no Flamengo. E resolveu ressuscitar justamente em um dos momentos mais importantes do Fla neste período, a decisão do único campeonato relevante que o time pode conquistar nesta temporada, depois de um 2023 em que perdeu tudo o que disputou.
O renascimento do artilheiro (será que ainda é cedo para falar em renascimento?) acontece no momento em que o contrato do jogador está no fim e parecia (pelo menos até ontem) não haver muito ânimo da diretoria na renovação, ainda mais nos termos colocados pelo atleta: com novo acordo logo e com grande aumento salarial.
Fato é que agora tudo muda. Por mais profissional que a diretoria do Flamengo possa se considerar, quando um sujeito do tamanho de Gabigol decide um campeonato como a Copa do Brasil (e isso está próximo de acontecer), o jogo muda. A torcida e as cartas voltam a ficar ao lado do jogador.
Marcos Braz, homem-forte do futebol rubro-negro não quis se comprometer com nada ainda no calor da vitória deste domingo. Mas fato é que Gabigol não só deixou o Fla muito perto da conquista, como recuperou boa parte do prestígio perdido. Sua expressão para as câmeras ao fazer o terceiro gol deixa isso claro.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.