Gabigol entrou aos 42 minutos do segundo tempo de um jogaço entre Cruzeiro e Flamengo. Os times empatavam em 1 a 1 no Mineirão. Cinco minutos depois, aos 48, pênalti para a Raposa. A Lei do Ex estava pronta para entrar em campo novamente.
Rossi, que já havia feito outros milagres ao longo da partida, fez mais um. Defendeu a cobrança de Gabigol, que não perdoou e marcou no rebote. Cinco meses depois de ter saído do clube em que viveu sua melhor fase da carreira, o atacante se transformou em seu carrasco. Coisas do futebol.
Gabigol não quis comemorar no momento, mas extravasou assim que o árbitro apitou o fim do jogo. Pulou, cantou, regeu a torcida e deu entrevista na saída dizendo do amor que ainda tem pelo Flamengo, mas que hoje seu coração é azul. O mais importante: lembrou que “tem estrela”.
Além do brilho de Gabigol, do melhor jogo da rodada do Brasileiro deu para extrair outras coisas importantes. O nível de jogo do Cruzeiro foi altíssimo, marcando forte, pressionando na saída de bola. Coisa de time que aparenta ter encontrado um caminho. Já briga na parte de cima da tabela.
Outro sinal de que o Cruzeiro fez um grande jogo está no adversário: o Flamengo em boa parte do tempo se colocou no papel que normalmente ele impõe a seus adversários, o de se segurar no campo de defesa, para tentar sobreviver. Não conseguiu graças ao gol de seu ídolo nos minutos finais.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.