Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, venceu os 200m livre, da classe S2 (limitações físico-motoras), nesta segunda-feira, 2, e alcançou a sua terceira medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris. Ele terminou a prova em 3min58s92. O russo Vladimir Danilenko ficou com a medalha de prata, com 4min14s16, e o chileno Alberto Caroly Abarza Diaz completou o pódio, ao registrar 4min22s18. Com o seu tempo, o brasileiro marcou o recorde das Américas.
Porta-bandeiras do Brasil na Cerimônia de Abertura da Paralimpíada, Gabrielzinho já havia vencido as provas dos 100m e dos 50m costas, também da classe S2. Além disso, ele quebrou o próprio recorde mundial na prova dos 150m medley (S1, S2 e S3), mas, por se tratar de uma prova multiclasses, o nadador mineiro competiu com atletas com graus diferentes de comprometimento físico-motor e terminou em quarto.
Com a vitória, Gabrielzinho se tornou bicampeão paralímpico dos 200m livre, marca que ele também detém nos 50m costas. Ao todo, o nadador nascido em Santa Luzia, soma seis medalhas em duas edições de Jogos Paralímpicos. Ele também foi prata nos 100m costas em Tóquio 2020.
No último ciclo paralímpico, Gabrielzinho se destacou também em mundiais de natação, conquistando três ouros no Mundial de Manchester, na Inglaterra, em 2023: nos 50m costas, 100m costas e nos 200m livre; e outras três medalhas douradas no Mundial da Ilha da Madeira, em 2022, nos 100m costas, 50m costas e 200m livre.
Gabriel tem focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas, e conheceu a natação por meio de um professor de Educação Física da escola onde estudava, nos Jogos Escolares de Minas Gerais (JEMG).
*Com Comitê Paralímpico Brasileiro