O nadador mineiro Gabriel Araújo, o Gabrielzinho, voltou à piscina da Arena La Défense, em Paris, neste sábado, 31, e conquistou sua segunda medalha de ouro nos Jogos Paralímpicos de Paris-2024, ao vencer a prova dos 50m costas, na classe S2 (limitações físico-motoras) com o tempo de 50s93 e quebrou o recorde das Américas na prova.
Vladimir Danilenko, da delegação de Atletas Paralímpicos Neutros (NPA), ganhou a prata com o tempo de 57s54, e o chileno Alberto Caroly Abara Diaz levou o bronze com 58s12.
“Não sei se tem como falar outra coisa, eu amassei, mas vou falar, amassei de novo, não tenho o que dizer, foi uma prova fantástica, sensacional, de manhã já tinha sido bom, e eu sabia o que tinha que fazer para acertar e melhorar mais ainda, só que foi um tempo que chama muita atenção, chama muita atenção, foi muito bom, e eu acho que eu não estou nadando, não, eu estou voando, estou flutuando na água”, disse Gabrielzinho.
Na última quinta-feira, 29, ele subiu ao lugar mais alto do pódio nos 100m costas, também na classe S2, garantindo a primeira medalha dourada do Brasil no megaevento esportivo.
Com a conquista deste sábado, Gabrielzinho se tornou bicampeão paralímpico nos 50m costas. Ele ainda pode repetir o feito nos 200m costas, prova em que ele foi medalhista de ouro em Tóquio 2020. Nos 100m costas, o mineiro ficou com a prata no Japão.
Gabriel tem focomelia, doença congênita que impede a formação normal de braços e pernas, e conheceu a natação por meio de um professor de Educação Física da escola onde estudava, nos Jogos Escolares de Minas Gerais (JEMG).
*Com Comitê Paralímpico Brasileiro