O fim de semana ficou marcado por uma grande polêmica na Copa Davis. O Chile foi desclassificado do duelo contra a Bélgica após Cristian Garín ser punido por se recusar a teminar o jogo contra Zizou Bergs depois de ser atingido pelo rival durante uma comemoração.
Após fechar o game de serviço e abrir 6/5 no terceiro e decisivo set, Bergs comemorou efusivamente e “atropelou” Garín, que foi atingido no rosto e bateu a cabeça ao cair no chão. O chileno cobrou punição ao adversário e se recusou a voltar ao duelo. No entanto, a arbitragem puniu Garín com a perda de um game, garantindo a vitória a Bergs e decretando a eliminação dos chilenos por 3 a 1 no confronto.
Garín ficou incrédulo com o desfecho da partida e desabafou nas redes sociais. “Então um jogador está lesionado e não pode continuar, mas agimos como se nada se tivesse acontecido. Que mundo bonito e que bela mentalidade”.
As críticas continuaram na entrevista coletiva. O ex-top 20 do ranking da ATP disse que ainda não acreditava na eliminação falou que a decisão da arbitragem não foi correta. Segundo ele, o árbitro o obrigou a continuar jogando sem estar nas condições físicas adequadas.
“Foi muito pouco prudente e sensível aquilo que fizeram. Depois de 2h40 lutando em quadra, a única coisa que queriam era que eu continuasse jogando. A todo custo. O que fizeram não está correto”, afirmou. “Continuo sem acreditar que nos desqualificaram. Árbitro me forçou a continuar jogando com tonturas e sem conseguir ver bem depois de 2h40 competindo em alta intensidade. Após anos amando este esporte e depois de ver milhões de jogos, nunca pensei viver algo assim”.
Capitão da equipe chilena, Nicolas Massú reforçou o discurso de Garín ao comentar que o médico não foi neutro ao examinar o tenista. Ele também cobrou mais respeito da Federação Internacional de Tênis (ITF) e se mostrou chateado com o tratamento recebido.
“O médico não é neutro, ele estava mais preocupado em seguir a partida e o espetáculo, não com o estado de Cristian. Não pode ser assim. Queremos enviar uma mensagem clara à ITF (Federação Internacional de Tênis): isso é uma falta de respeito. O médico falou com o árbitro por 12 segundos e ele deveria ser neutro. Vamos falar com o presidente da federação e ver o que podemos fazer. Vamos ter que apelar porque fomos afetados. Não fizemos nada de errado e fomos eliminados”, disparou Massú.
“Não recebemos um pedido de desculpas de ninguém. Ninguém veio se desculpar ou verificar como Cristian estava. Estou totalmente surpreso, apertei a mão do árbitro e do capitão dele [Steve Darcis] e não recebi absolutamente nada, estou magoado”, finalizou o campeão olímpico em Atenas-2004.