Início de ano, início de ciclo olímpico. Desde o começo da semana, a Confederação Brasileira de Ginástica está realizando um dos mais importantes Estágios de Treinamento do quadriênio que se inicia, e que tem como objetivo primordial a preparação até os Jogos Olímpicos de Los Angeles-2028.
Coordenador de Ginástica Artística Feminina da Confederação Brasileira de Ginástica (CBG), Francisco Porath Neto explica a importância dessa atividade, que se desenvolve, como de praxe, no Centro de Treinamento do Time Brasil, no Rio de Janeiro. O Estágio reúne mais de 20 ginastas das categorias juvenil e adulta e oito treinadores. E Chico destaca a importância da presença desses profissionais.
“A gente faz um grande investimento na figura do treinador, que consideramos aqui como um grande multiplicador. É ele que vai disseminar, em seu clube, os conhecimentos que estão sendo transmitidos no Rio. É essa a base para que continuemos formando nos clubes as atletas das próximas gerações e aprimorando esse trabalho”, falou o coordenador e técnico da campeã olímpica Rebeca Andrade.
“Esse Estágio está nos dando muitas informações. Estão sendo realizadas avaliações fisioterápicas, físicas, médicas, técnicas. Quando pensamos na seleção adulta, temos que saber quais atletas estarão em condições para participar, daqui a oito semanas, do Grand Prix de Jesolo”, disse Chico, referindo-se à cidade da região metropolitana de Veneza, no nordeste da Itália. “Jesolo é um evento do qual gostamos muito”, adianta Porath.
Brasileiras no pódio formam uma imagem comum no Palazzo del Turismo, onde são disputadas as competições por lá. Ao todo, o Brasil figura, com cinco ouros, nove pratas e três bronzes, em quarto lugar no quadro de medalhas histórico do torneio, que chega à sua 16ª edição em abril.
A atitude das atletas em competição está sendo examinada com lupa pela comissão técnica. “O comportamento em competição é algo muito importante, sobretudo para as ginastas mais jovens. Temos atletas que já participaram do Campeonato Mundial Juvenil, e estão construindo uma história que acompanhamos em detalhe. Precisamos conhecer as reações, o comprometimento, a postura”, disse Porath.
Por reunir muitas ginastas juvenis, o intercâmbio de informações é fundamental a esta altura. “Temos muitas atletas juvenis [de 12 a 15 anos], que estão em idade escolar. Precisamos saber quais delas podem treinar em dois períodos, e conversar para saber as rotinas dos clubes, o calendário deles. Nossa ideia é sempre otimizar o calendário, fazendo de nossas competições nacionais seletivas para formação das Seleções Brasileiras que competirão internacionalmente”, assinalou Porath.
“Por essas e por outras, é que esse Estágio está sendo tão importante. É oportunidade de treinos conjuntos, de conversa, de convívio. São como as bases de mais um edifício que estamos erguendo”, encerrou o treinador.
*Com Confederação Brasileira de Ginástica