Ex-piloto da Fórmula 1, Ralf Schumacher assumiu publicamente um relacionamento homoafetivo na última semana. O irmão de Michael Schumacher publicou uma foto ao lado do parceiro Ettiene e se tornou apenas o terceiro piloto assumidamente homossexual a ter passado pela Fórmula 1.
A notícia repercutiu no Grande Prêmio da Hungria e ganhou apoio total de Lewis Hamilton. Principal ativista na categoria pela inclusão e defesa da comunidade LGBTQIA+, o britânico destacou a importância da declaração de Ralf.
“Claramente ele não se sentia confortável para falar no passado. Isso não é novo. Mas mostra que estamos em uma época onde finalmente podemos dar esse passo sem medo. E espero que ele possa dizer que só recebeu apoio positivo na Fórmula 1 e por ser pelos tempos que estamos vivendo, e pelas mudanças que aconteceram. Ele envia uma mensagem muito positiva e liberta outros para que possam fazer o mesmo, e precisamos de mais e mais pessoas para fazer isso”, afirmou o heptacampeão mundial.
Hamilton reconheceu que a F1 ainda precisa trabalhar mais para que a classe LGBTQIA+ se sinta mais confortável e ressaltou que a Mercedes já deu um passo nesse sentido.
“Uma coisa é falar sobre inclusão e outra é sobre ter certeza de que as pessoas vão se sentir confortáveis neste ambiente. É um espaço dominado por homens, e até onde sei, ele é o primeiro a falar publicamente sobre isso. Somos muito inclusivos na nossa equipe, mas o esporte precisa continuar a fazer mais para que as pessoas se sintam mais confortáveis, para que as mulheres se sintam bem-vindas neste espaço, porque sei que elas nem sempre foram bem tratadas. Podemos fazer muito mais”, comentou.
Ralf Schumacher correu na Fórmula 1 entre 1997 e 2007 e conquistou seis vitórias. Aos 49 anos, ele trabalha atualmente como comentarista na emissora Sky Sports da Alemanha.