Um grupo de jogadores liderado por nomes de peso como Neymar, Gabigol, Lucas Moura, Thiago Silva e Philippe Coutinho, iniciou uma campanha contra o uso de gramados sintéticos em estádios no Brasil. Por meio das redes sociais, os atletas expressaram preocupação com a qualidade do futebol brasileiro e enfatizaram que “futebol é natural, não sintético”.
Os atletas argumentam que, nas ligas mais respeitadas do mundo, os jogadores são ouvidos e investimentos são feitos para assegurar a qualidade dos gramados nos estádios. Eles ainda defendem que é essencial garantir a qualidade do piso onde os atletas jogam e treinam, para o Brasil se posicionar como protagonista no futebol mundial.
No Campeonato Brasileiro da Série A de 2025, os estádios com grama sintética incluem o Allianz Parque, do Palmeiras, e o Estádio Nilton Santos, do Botafogo. Além disso, o Maracanã, administrado por Flamengo e Fluminense, e a Neo Química Arena, do Corinthians, utilizam gramados híbridos, que combinam grama natural e sintética. O Atlético-MG também iniciou a instalação do piso artificial na Arena MRV.
A campanha ocorre às vésperas do conselho técnico da Série A, em que os clubes definirão itens do regulamento do Brasileirão. A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) já divulgou uma versão do documento, mas alterações podem ser feitas até um mês antes do início da competição, previsto para 29 de março.
Palmeiras rebate
Após a divulgação da campanha, o Palmeiras emitiu um comunicado defendendo o uso do gramado sintético no Allianz Parque. O clube destacou que o piso é certificado pela Fifa e passa por inspeções anuais desde 2020 para garantir que atenda aos mesmos padrões de um campo de grama natural em perfeito estado.
Além disso, o Alviverde afirmou que não há comprovação científica de que o risco de lesões em gramados artificiais seja maior do que em naturais. A nota mencionou um estudo recente publicado na revista The Lancet Discovery Science que indica uma incidência menor de contusões em jogos disputados em gramados sintéticos.