Entre 2005 e 2008 o São Paulo foi o clube mais poderoso do País, em uma época em que a diferença financeira não era tão grande e nem tão determinante para o sucesso ou fracasso.
Naquela época, o Tricolor foi tricampeão brasileiro consecutivamente (2006, 2007 e 2008), campeão da Libertadores e campeão do mundo. O comandante do marketing do São Paulo na época cunhou a expressão “soberano” para o clube, que não via adversários por aqui.
O tempo passou, o São Paulo hoje não é nem sombra do que foi naqueles tempos, e luta para retomar o protagonismo no cenário brasileiro.
Hoje quem está por cima é o Palmeiras, que nos tempos de glória do São Paulo tinha elencos limitados, ídolos folclóricos e um rebaixamento na história.
Em 2025, o Palmeiras é um clube muito poderoso, que lotou sua sala de troféus nos últimos anos, que tem o melhor treinador do País e uma base que é uma máquina de fazer ótimos jogadores e, consequentemente, muito dinheiro. O São Paulo não tem recursos e tenta voltar a remar no rumo do protagonismo, mas ainda está longe do destino.
Neste cenário é que Leila Pereira decidiu ridicularizar a pré-temporada são-paulina no exterior dizendo que só serve para dirigente passear na Disney.
O poder é algo fascinante. Quando se tem, a sensação de força e superioridade é inebriante a tal ponto que se torna impossível não querer demonstrá-lo.
O Palmeiras e Leila Pereira vivem seus grandes momentos já bastante duradouros. Não há sinal de que vai acabar. Parece até o São Paulo de 17 anos atrás.
Hoje, a alcunha de “soberano” virou piada entre os rivais do Tricolor e uma espécie de maldição para os próprios torcedores do clube. O homem do marketing do São Paulo na época era Julio Casares, hoje presidente do clube.
*Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do BandSports.